domingo, 22 de novembro de 2020

Os 22 árbitros que apitaram mais jogos dos 4 candidatos ao título nos últimos 13 campeonatos: Quem favorecem?

Sabe-se que nas últimas 13 épocas, o F. C. Porto e o Benfica tem sido os 2 principais candidatos ao título, ambos com um rendimento médio que se vem mantendo muito semelhantes entre si ao longo deste período, conquistam em média 80% dos pontos possíveis em 391 jogos (F. C. Porto com 935 pontos conquistados e o Benfica com 933 pontos, até a jornada anterior em 390 jogos o Benfica tinha então, mais 1 ponto que F. C. Porto (933-932), a medida que as jornadas vão decorrendo vamos assistindo a pequenas mudanças na liderança no acumulado das últimas 13 épocas. Agregando uma amostra significativa de jogos (390 ou 391 jogos), consegue-se retirar conclusões sobre as tendências arbitrais dos 22 árbitros que apitaram mais jogos dos 4 candidatos ao título. Consegue-se identificar os árbitros que são mais significativamente tendenciosos se efetivamente existirem. será que existem? É isto que vamos tentar esclarecer hoje com recurso aos dados estatísticos das últimas 13 épocas.

As equipas tem um rendimento médio expectável (nestes últimos 391 jogos, Benfica e F. C. Porto conquistaram 80% dos pontos possíveis, o Sporting conquistou 68% dos pontos possível e o Braga conquistou 60% dos pontos possíveis). Rendimento médio do clube, que em condições normais nenhum elemento isolado consegue fazer variar em mais de 20% (TOLERÂNCIA MÁXIMA), mesmo que tenha sido contratado expressamente para trabalhar em prol do sucesso desportivo do clube, quanto mais um árbitro que por definição tem de ser um elemento neutro e equidistante. Um árbitro quando consegue diminuir o rendimento do clube em mais de 20%, é um sinal estatístico evidente de que não é imparcial (em vez disso, é sim, UM ELEMENTO PARCIAL). Entre 22 árbitros mais utilizados pelo Conselho de Arbitragem nos jogos dos 4 candidatos, que apitaram em média 338 jogos de cada candidato (86% dos 391 jogos que cada candidato realizou neste período), sobre os quais é este "post", felizmente encontramos poucos árbitros que claramente prejudicaram o rendimento de um dos candidatos ao título: 

  • Não se encontrou nenhum árbitro, que tenha feito o F. C. Porto diminuir o seu rendimento em 20%. E também se constata que, com nenhum dos 22 árbitros mais utilizados, o F. C. Porto é dos 4 candidatos ao titulo aquele que obteve o pior rendimento pontual. Já o Benfica inexplicavelmente, aos olhos do Jorge Sousa e do Olegário Benquerença foi nestas últimas 13 épocas, apenas o 4º candidato ao titulo com melhor rendimento pontual. O Sporting também surpreendentemente foi apenas o 4º candidato com melhor rendimento pontual, nos jogos apitados pelo Hugo Miguel, João Capela, Fábio Veríssimo, Vasco Santos, Luís Godinho, Marco Ferreira e João Ferreira. O Braga que no geral é apenas o 4º candidato com melhor rendimento médio (conquistou 60% dos pontos possíveis), como seria expectável é também apenas o 4º melhor com a maioria dos árbitros, mantem essa 4ª posição com 13 dos 22 árbitros. Ainda assim, é com surpresa que se constata que, existem 9 dos principais 22 árbitros, aos olhos dos quais, não foi o Braga o pior dos 4 candidatos nas últimas 13 épocas, pois Hugo Miguel, João Capela, Fábio Veríssimo, Vasco Santos, Luís Godinho, Marco Ferreira e João Ferreira consideram que o pior foi o Sporting, enquanto aos olhos de Jorge Sousa e Olegário Benquerença, o Benfica foi o pior.
  • Que tenham feito o Braga diminuir o seu rendimento em 20%, apenas encontramos o Pedro Proença e o Cosme Machado, sendo que o Cosme Machado apenas apitou 1 único jogo do Braga, que terminou empatado com o Moreirense, pelo que não devemos retirar conclusões com base nos dados estatísticos neste caso de Cosme Machado. 
  • Que claramente prejudicaram o rendimento do Benfica, só encontramos o Jorge Sousa, o Pedro Proença e o Olegário Benquerença, sendo que com este último desde muito cedo se tornou muito evidente que não conseguia ser equidistante nos jogos que envolvem as equipas que lutam pelo título, tendo sido nomeado apenas para 6 jogos do Benfica. 
  • Que claramente prejudicam o rendimento do Sporting, só encontramos o Pedro Proença, Vasco Santos, Marco Ferreira e o João Ferreira, sendo que estes 2 últimos apitaram relativamente poucos jogos do Sporting (apenas 6 jogos cada), ou seja, só o Pedro Proença e Vasco Santos tiveram uma amostra significativa (16 e 11 jogos do Sporting) para se poder retirar conclusões fiáveis com recurso aos dados estatísticos. 

Resumindo com base na tolerância máxima de 20% definida aqui no Blog desde sempre, dos árbitros que apitaram mais de 10 jogos de uma equipa, apenas Pedro Proença (revelou não ter condições de imparcialidade para apitar quer Braga, quer Benfica, quer Sporting), Jorge Sousa para apitar o Benfica e o Vasco Santos para apitar o Sporting, estamos a falar de apenas 3 árbitros em 5 casos evidentes de anomalias, que o uso da estatística obrigaria imperativamente a serem corrigidas por quem tem a responsabilidade de nomear os árbitros. Na minha opinião, o C.A. deveria ter feito uso deste critério de tolerância máxima, defendendo assim, a competição da influência nefasta dos árbitros que se revelam mais tendenciosos na nossa Liga.

Segue-se o quadro resumo dos rendimentos médios dos 4 candidatos com cada arbitro em concreto, ordenado pelo nº médio de jogos apitados de cada candidato nas últimas 13 épocas. Identificou-se o 1º candidato e o 4º melhor candidato com cada arbitro em concreto, a diferença entre o rendimento médio do 1º para o 4º candidato, além especificamente identificarmos a diferença no rendimento médio e nos pontos em concreto conquistados entre o Benfica e o F. C. Porto (já que os títulos nas últimas 13 épocas ou foram para uma destas equipas ou para a outra). Sempre que o arbitro garantiu uma vantagem clara do 1º para o 2º candidato (10% ou mais de diferença), é evidente que esse arbitro garante que só um clube pode ser campeão, transforma aquele clube num melhor CLUBE SEM RIVAL, isto se tiver realizado jogos suficientes para poder garantir uma vantagem superior a 6 pontos, então estamos perante um árbitro que garante com a sua arbitragem que só um clube tem condições arbitrais para ser campeão em Portugal. Aqui está o quadro resumo dos 22 árbitros mais utilizados pelo C. A. nos jogos dos 4 candidatos ao título. 



Legenda: Os árbitros tem a associação a Azul quando são da A. F. Porto e a vermelho ou verde quando são da A. F. Lisboa, consoante seja o Benfica ou o Sporting, a equipa de Lisboa com melhor desempenho médio com esse arbitro de Lisboa. A Laranja os árbitros equidistantes, com os quais os existem apenas pequenas diferenças nos rendimentos médios do FCP e SLB. Vemos que no geral o Benfica teve uma vantagem de 12% em relação ao Sporting, mas nos jogos apitados pelo Pedro Proença, o Sporting apresentou um rendimento médio superior ao do Benfica, foi aos olhos de Pedro Proença a 2ª melhor equipa em Portugal neste período, sendo que o F. C. Porto não teve rival em Portugal, pois conquistou uma vantagem de 25% dos pontos possíveis sobre o Sporting e uma vantagem de 27% dos pontos possíveis sobre o Benfica. Com * e os nomes dos árbitros a azul, os 5 árbitros que estatisticamente de forma evidente favoreceram o sucesso desportivo do F. C. Porto (Artur Soares Dias, Carlos Xistra, Jorge Sousa, Pedro Proença e Olegário Benquerença) e a vermelho os 2 árbitros que estatisticamente de forma evidente favoreceram o sucesso desportivo do Benfica (Rui Costa e Bruno Esteves).   

Os 3 árbitros mais utilizados pelo C. A. nos jogos dos 4 candidatos ao título, são curiosamente 3 árbitros que garantem que só o F. C. Porto tem condições de ser campeão em Portugal, garantiram uma vantagem do F. C. Porto de 15 pontos, 8 pontos e 8 pontos respetivamente para o principal rival (Benfica). Nos 5 árbitros mais utilizados pelo C. A. para decidirem quem será campeão em Portugal encontramos 3 árbitros da A. F. Porto (da mesma associação do F. C. Porto), 1 da A. F. Lisboa (da mesma associação do Benfica) e um da A. F. de Castelo Branco. 

Após mais de 10 jogos realizados, 20% de diferença será sempre intolerável, mais de 10% de diferença requer sempre uma cuidada análise dos registos arbitrais para se concluir se o arbitro reúne condições de imparcialidade! Sempre que se deteta uma variação superior a 10%, devemos analisar com mais detalhe, os números de forma a tentar compreender as razões arbitrais, que originaram essa variação ou esclarecer definitivamente, que esse árbitro na realidade não interferiu com decisões relevantes (penaltis e expulsões) nesse significativo desvio do desempenho médio do clube em questão. 

Nenhum elemento individualmente, com o seu contributo diferenciador consegue fazer, o Benfica ou o F. C. Porto conquistar mais 20% que o seu principal rival, nem sequer seria expectável que consiga fazer-lhe conquistar mais 10% que o rival, pois mesmo que um destes clubes tivessem contratado o melhor jogador do mundo (Messi ou Ronaldo) ou o melhor treinador do mundo (Guardiola ou Klopp) por 1 temporada, esse clube não conseguiria terminar os 34 jogos dessa temporada, com 20 pontos de vantagem para o rival (20% de diferença), essa única alteração nem sequer conseguiria garantir mais de 10 pontos de vantagem no final da temporada (10% de diferença). Logo os árbitros que garantem grandes diferenças, entre o Benfica e F. C. Porto não são neutrais, apenas consideramos como pouco relevantes e diferenças estatisticamente aceitáveis, o dos árbitros que diferenciaram os 2 clubes apenas 6 pontos (pois 6 pontos é o resultado de 2 derrotas ou 3 empates a mais, diferenças que podem acontecer naturalmente entre equipas com o mesmo rendimento médio e que temos que considerar como aceitáveis). Em relação a todos os árbitros que claramente permitiram a um clube conquistar mais 7, 8, 12, 15 ou 16 pontos que o seu principal rival, são indiscutivelmente árbitros que se revelam com uma tendência declarada. Felizmente, dos 22 árbitros aqui analisados, só encontramos 7 árbitros que tenham garantido uma diferença entre o F. C. Porto e o Benfica superior a 6 pontos, nos jogos que apitaram nas últimas 13 épocas. São apenas 7 os árbitros claramente tendenciosos, detetáveis com base aos dados estatísticos dos rendimentos médios dos 4 candidatos ao titulo com esse árbitro em concreto. Brevemente iremos publicar uma análise aos penaltis efetivamente assinalados, por estes 7 árbitros claramente tendenciosos que a estatística detetou, pois neste momento a duvida que se levanta é se os penaltis assinalados tiveram influencia ou não, nestes rendimentos médios de cada clube com esse arbitro em concreto. O PENALTI É A DECISÃO ARBITRAL COM MAIOR INFLUÊNCIA DIRETA NO RESULTADO DE UM JOGO DE FUTEBOL! O penalti é a decisão arbitral com o qual, mais facilmente se consegue comprovar estatisticamente, uma tendência arbitral caso exista efetivamente (por exemplo, quando encontramos mais de 4 penaltis de diferença em aproximadamente 15 jogos apitados de cada uma das equipas, que lutam pelos mesmos objetivos).

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