domingo, 26 de janeiro de 2014

"FAIR PLAY" 
Numa tradução à letra significa jogo justo, jogar limpo, com espirito desportivo. 
Fair play é um elemento essencial para se obter a gloria desportiva com respeito pelos adversários.

Aos 58min. com o resultado em F.C. Porto 1 - Marítimo 2, Wellington agarra a bola, Josué caiu sobre ele e como o guarda-redes ficou lesionado com a bola nas suas mãos, o jogo teve de ser interrompido pelo arbitro Manuel Mota.

Manuel Mota como não havia marcado falta sobre o guarda-redes, recomeça o jogo com bola ao chão. A bola ao chão é uma forma de reiniciar o jogo depois de uma interrupção temporária, por causa de qualquer incidente não indicado nas Regras de Jogo.
Procedimento: O árbitro deixará cair a bola no lugar em que se encontrava quando foi interrompida a partir a partida. O jogo será considerado reiniciado quando a bola tocar o solo.
A imagem seguinte qualifica o desportivismo dos jogadores do F.C. Porto ao disputarem esta bola de recomeço de jogo na linha da pequena área do Marítimo.



A perder quando é necessário ganhar, ...que se lixe o "fair play"! - É inacreditável como esta atitude não foi objeto de censura pelos responsáveis pela integridade da competição desportiva em Portugal (Liga Zon Sagres), nem sequer dos jornalistas ou dos diversos agentes desportivos. Todos consideram esta situação tão natural e expectável na cultura desportiva dominante em Portugal que o melhor a fazer é continuar alegremente a assobiar para o ar!!!
Com esta interpretação do fair play do campeão português, este reinicio de jogo resultaria em golo.
Alguém duvida que o Marítimo sofreria golo se não tem defendido a sua baliza com todos os homens possíveis nesta reposição de bola em jogo?
Isto na sequência de um lance em que a bola estava nas mãos do guarda-redes a quando da interrupção! Inacreditável cultura desportiva, ...inexplicavelmente tolerada em Portugal!!!

Peculiar ou simplesmente uma coincidência, na comunicação social apenas se fizeram loas a mais uma vitória catalogada e enaltecida como uma grande vitória à Porto!!!

Este jogo termina com 3-2 obtido aos 94min. na sequência deste lance em que Manuel Mota assinala penalty numa disputa de bola entre Ghilas e Igor Rossi. Igor Rossi já tinha tentado agarrar o Ghilas a entrada da área mas este prossegue a jogada e já dentro de área aparentemente com a mão esquerda voltou a puxar o Ghilas pelo ombro como a imagem documenta.

 

 

(Não é fácil concluir se essa mão no ombro na área é suficiente para derrubar o atacante, é efetivamente um lance de penalty para ser analisado com o "intensómetro" como refere o Bruno de Carvalho)
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Por cá a falta de fair play não é censurada mas na UEFA já houve jogadores penalizados por desrespeito ao espirito desportivo. Em 2012, talvez o exemplo mais famoso de falta de fair play. Num jogo válido pela Champions League 2012-2013, Luís Adriano, do Shakhtar Donetsk aproveitou-se dos dinamarqueses do Nordsjaelland terem ficado parados, esperando que ele devolvesse a posse de bola depois de um reinício de jogo, partiu para a baliza adversária e marcou um golo para o Shakhtar Donetsk.
Dias depois, a UEFA decidiu punir Luís Adriano com um jogo de suspensão por falta de fair play.

Foi com Pierre de Coubertin, o idealizador dos Jogos Olímpicos da era moderna, que surgiu a filosofia do "fair play no desporto" que representa a HONRA E A LEALDADE, O RESPEITO PELOS ADVERSÁRIOS E POR SI PRÓPRIO. “Não pode haver jogo sem fair play. O principal objetivo não é a vitória, mas sim competir. O essencial na vida não é ter vencido mas sim o esforço para o conseguir com dignidade”.

Longa vida ao "fair play desportivo"!

3 comentários:

PP disse...

Excelente artigo Influência Arbitral!

Eu vou um pouco mais longe na crítica, pois considero que esta forma de estar no desporto e em particular no futebol, é o que faz com que a modalidade não evolua de forma favorável no nosso pais. É por tudo isto que continuamos a reboque dos futebois mais avançados, quando temos talento mais que suficiente para liderarmos.

É por tudo isto que quando se tenta vender o futebol nacional ao público estrangeiro, esse olha de lado e prefere outros onde possa ver que é dentro de campo que se ganha jogos e não com este tipo de esperteza saloia, perdão, bimba!

Mais, uma vez, destaco este excelente arttigo! Parabéns! É importante que haja pessoas de todas as cores clubísticas que consigam ainda apontar para estas situações!

Eu sou Benfiquista, mas ainda noutro dia revi-me nas declarações do presidente do Sporting quando ele se referia que qualquer dia só estariam no estádio, umas 4 pessoas na bancada e nem seria necessário as equipas entrarem em campo, pois bastaria entregar uma folha com o resultado... É uma imagem talvez demasiado hiperbolizada, mas que por incrível que pareça é mais realista que se calhar esperar que o espírito do FAIR PLAY volte aos estádios de futebol.

Anónimo disse...

Há que dize-lo. Que grande esforço para referir muito levemente a mais que justa decisão de assinalar grande penalidade no lance do Ghilas.
Não esquecer o lance sobre Carlos Eduardo e o 3º golo do Sporting em Penafiel.

Anónimo disse...

"Fair play"? No frutabol tuga? Uma organização mafiosa que consegue imacular o Bruno Alves ao ponto de ser o mais disciplinado da Liga por conseguinte o jogador "fair play" da competição?
Eles, nunca souberam, não sabem e não querem saber o que é isso do "fair play".