segunda-feira, 4 de março de 2024

Por alguma razão, 72 horas é o tempo minimo de recuparação que os regulamentos permitem!

As 22:25 minutos de 5ª feira, terminava o Derby e 70 horas depois, às 20:30 minutos de Domingo inicou o clássico contra o FCP no Dragão. Ficou mais uma vez provado que, é necessario 72h para se ter uma recuperação com as condições minimas para se poder competir, não basta vestir a camisola oficial de jogo para estar em condições de representar o Benfica dentro do campo num clássico destes. Não sei se o Benfica era mesmo obrigado a jogar neste curto espaço de tempo ou se haveria abertura dos responsáveis pela competição em Portugal para garantir 4 dias de intervalo entre Derby e Clássico!

O calendário arranjado pela Liga Proença é o que é, obrigava o Benfica a visitar Alvalade na 5ª feira e o Dragão no Domingo. O Benfica estava assim obrigado a fazer as 2 deslocações mais difíceis que tem de fazer para defrontar os seus principais rivais em Portugal num espaço inferior a 72 horas de intervalo. Conseguir disputar 2 jogos de intensidade máxima num espaço de 72 horas não é uma tarefa fácil para nenhum clube, o Benfica não é excepção. Roger Schmidt alterando apenas 2 jogadores (entraram Morato e Tengsted para os lugares do lesionado Bah e David Neres) no 11 titular não conseguiu obter dos seus jogadores argumentos físicos necessários para discutir este jogo no Dragão. Não tendo disponível o seu atleta com melhores capacidades físicas (Alexander Bah), Roger Smidt ficou limitadíssimo, uma vez que, além de ficar sem o defesa direito titular, ficou também impossibilitado de poder utilizar o Aursnes na linha média, ficou sem poder utilizar o seu médio mais intenso para as expetáveis constantes correrias imperativas nesse sector, onde se ganham este tipo de jogos. 

Com tão pouco tempo a separar 2 jogos desta responsabilidade/intensidade não era fácil tomar uma decisão, sobre qual seria a melhor opção para garantir jogadores em boas condições fisicas para este embate, se seria viajar na véspera ficando, assim privado de fazer um treino tático para afinar a estratégia ou fazer o treino no Sabado e somente viajar para o Porto no Domingo, correndo o risco que todas as equipas tentam evitar de fazer a viagem no mesmo dia do jogo. A opção acabou por recair em treinar a tática no Sabado e só viajar no Domingo dia de jogo, mas os jogadores ressentiram-se de terem sido obrigados a jogar no mesmo dia em que fizeram uma viagem desgastante, claramente não estavam completamente recuperados do desgaste acumulado em Alvalade. Esforçaram-se para manter a decisão da 1/2 da Taça em aberto para o Estádio da Luz, mas pagaram um preço elevado no jogo seguinte, pois no Dragão estiveram muito menos intensos, chegavam sistematicamente mais tarde que os adversários a bola, o modelo de Gegenpressing normalmente eficiente utilizado por este treinador, desta vez não foi nada eficaz. O lance que valeu a explusão do Otamendi aos 60 minutos é bem elucidativo da falta de frescura dos jogadores do Benfica, já que ele após dominar a bola, acaba se deixando antecipar pelo adversário e quando foi tentar emendar o mau domínio, lançando-se de carrinho já só acerta no adversário, derrubando-o perto da linha lateral, se bem que o João Pinheiro se seguisse o critério, que utilizou nas diversas vezes que o Rafa foi travado ao iniciar os ataques rápidos, também não teria exibido cartão o 2º amarelo ao Otamendi, até porque nesta falta sofrida pelo Pêpê nem é liquido que o Portista conseguisse chegar aquela bola antes que ela saisse pela linha lateral, ao contrario nas faltas sofridas pelo Rafa onde ele ia sempre com a bola controlada e bem dentro do terreno de jogo. É visivel na imagem seguinte, que não é liquido que, Pêpê conseguisse evitar a saída da bola pela linha lateral quando foi derrubado.

Otamendi fez falta ainda antes da bola sair, isso é evidente, agora não é certo que Pêpê conseguisse apanhar essa bola antes dela sair de campo, logo o amarelo neste lance não é algo obrigatório!  Aliás se tem sido aplicado o mesmo critério as 2 equipas, o FCP teria obrigatóriamente de ver mais cartões amarelos neste jogo, pois vários ataques rápidos do Benfica foram parados em falta. O incrível é que João Pinheiro na 1ª parte nas diversas vezes que os jogadores do FCP se limitaram a fazer faltas para travar os ataques rápidos do Rafa não exibiu amarelo, nem quando foi ostensivamente agarrado aos 30 minutos, já 1 minuto depois quando Morato também agarrou, travando o F. Conceição, foi logo amarelado, o que obrigou o treinador a substitui-lo ao intervalo. Rafa ainda foi lá relembrar o arbitro que nas diversas vezes que lhe travaram assim anteriormente, João Pinheiro somente se limitou a avisar os infratores para não voltarem a fazer o mesmo. Os critérios na amostragem de amarelos não foram iguais, o único amarelo exibido aos Portistas foi ao Nico Gonzalez aos 79 minutos, o que levou o seu treinador a o substituir aos 82 minutos. Se tem sido exibidos os amarelos aos Portistas que travaram Rafa na 1ª parte, provavelmente não seria só o Morato a não disputar a 2ª parte, seguramente Wendell não conseguiria terminar este jogo sem ser expulso também. É que Wendell atingiu na cara, o Di Maria logo no 1º minuto, nem amarelo nem sequer falta o arbitro assinalou. Aos 4 minutos voltou a fazer falta para amarelo que voltou a não ser exibido ao derrubar Rafa depois deste ter feito passe para Di Maria e quando corria para fazer 3 contra os 2 centrais do FCP e aos 6 minutos voltou a travar ostensivamente Rafa em falta no início de um ataque rápido sem que tivesse sido exibido o correspondente cartão amarelo. Ou seja, Wendell fez nos primeiros 6 minutos 3 faltas para amarelo e não viu nenhum cartão! Terminou os 90m sem nenhum amarelo! Rídiculo o critério utilizado nestas faltas cometidas. Já o Morato no 1º ataque rápido que parou em falta aos 31 minutos foi logo amarelado, consequentemente o seu treinador se viu forçado a o substituir ao intervalo, para evitar expulsão. 

Aos 3 minutos Pêpê atingiu João Mario na cara quando este se preparava para lançar um ataque rápido, mais uma vez apesar do árbitro ter visto/assinalado a infração não foi exibido nenhum cartão, o arbitro se limitou a avisa-lo para ter o cuidado de não voltar a repetir a imprudência. 

E aos 30 minutos, Varela ostensivamente agarra o Rafa quando este iniciava novo ataque rápido e incompreensivelmente não foi amarelado, já Morato no minuto seguinte foi amarelado por ter feito o mesmo que Varela tinha feito no minuto anterior. É incompreenivel, Varela não ter sido amarelado! Será que os árbitros não percebem que o Rafa não pode passar todos os jogos a sofrer as mesmas infrações dos seus adversários impunemente, sempre a ser derrubado/agarrado.
Nas faltas para amarelo, o cartão tem de ser exibido no 1º minuto, no 3, no 4, no 6 ou aos 30 minutos, não é só aos 31 minutos, quando for um defesa do Benfica a utilizar o agarrão para travar o seu adversário. A lei tem de ser igual para todos. Na história deste jogo, todos vão dizer que os jogadores do FCP foram muito mais intensos do que os do Benfica, mas a verdade é que sempre que iam ser ultrapassados derrubaram o adversário impunemente e desta forma não permitiram ao Benfica usufruir de situações de superioridade numérica nas emediações da sua área. O lance em que Wendell derruba o Rafa aos 4 minutos não permitindo que ele pudesse criar um 3 contra os 2 centrais do FCP é um exemplo de que o arbitro não aplicou as leis do jogo, pois mesmo tendo dado a lei da vantagem como a bola continuou na posse de Di Maria, mas a verdade é que com esse derrube, perdeu-se a possibilidade de fazer 3 contra 2, perdeu-se um ataque prometedor. Foi contra esta dualidade de critério na amostragem dos cartões que os desgastados Benfiquistas tiveram de lutar neste jogo no Dragão que se seguiu a um intenso Derby disputado a menos de 72h.

Os jogadores sairam bastante desgastados no Derby de Alvalade na 5ª feira, dai que Ruben Amorim para este jogo no Domingo contra o Farense tenha alterado 4 titulares (entraram St. Juste, Ricardo Esgaio, Nuno Santos e Bragança para os lugares de Coates, Quaresma, Geny Catano e Morita), conseguiu vencer com dificuldade em casa por 3-2 o Farense, já o Benfica alterando apenas 2 jogadores não conseguiu competir pelos pontos em disputa nesse jogo em que ficou em inferiodade numérica aos 60 minutos. Os responsáveis do Benfica neste momento devem estar bastante desiludidos com a decisão tomada de fazer a recuperação na 6ª feira e utilizar o dia de Sabado para fazer aquilo que consideraram como indespensável (treino tático para afinar a estrátégia para o Dragão), em vez de viajar na vespera sem fazer nenhum treino tático, mas assim garantiam que não obrigariam os jogadores a disputar um jogo de intensidade máxima no mesmo dia em que fazeram 310 Km de viagem para o Porto. Por alguma razão nenhuma equipa joga no dia em que fazem um viagem tão longa! A decisão não era fácil de tomar, viajar na vespera sem fazer nenhum treino tático ou fazer o treino tático e ser obrigado a jogar no mesmo dia da viagem. Quem tiver os dados esclarecedores do qual das decisões permite a uma equipa obter melhor rendimento num jogo, que esclareça. É mais importante saber para onde correr ou ter condições fisicas para correr mais Km no jogo. Após esta decisão que não permitiu conquistar pontos, ficou provado que não tendo condições fisicas para chegar primeiro a bola por muito bem estudada que esteja a estrategia, os posicionamentos é muito dificil obter sucesso desportivo. O Plantel do Benfica tem diversos jogadores que não conseguem competir a alta intensidade. No 1º golo ninguém esta a defender o 2º poste, no 2º golo Aursnes e Antonio Silva perdem os duelos. No 3º golo Di Maria não recupera e deixa o Wendell ir embora até conseguir fazer uma tabela e finalizar a entrada da área. No 4º é Cabral que depois de João Neves ir pressionar a defesa do FCP não recua para pressionar o médio do FCP permitindo que este avancasse até conseguir uma linha de passe para aproveitar o mau posicionamento do Carreras, isolando Pêpê que remata forte, sendo que Trubin não revelou reflexos suficientes para defender esse remate ao 1º poste. No 5º golo, Carreras pouco agressivo não conseguiu empedir o cruzamento de uma bola que Damaso consegue cabeciar entre Tiago Araujo e Aursnes. Difinitivamente os jogadores do Benfica estiverem muito lentos hoje, notou-se muita difereça fisica.



5 comentários:

Anónimo disse...

Que azia... Continua a acreditar que foi a arbitragem...

Anónimo disse...

Ah !
Então está explicado porque o grande benfica perdeu por 5-0 !
Que grande equipa, afinal !
Foi tudo comprado e roubado. Agora sim, percebi. Obrigado pelo esclarecimento.

Anónimo disse...

desculpas com a arbitragem, são desculpas inaceitáveis e só podem vir de "maus pagadores"...

Anónimo disse...

Não é preciso explicar é mesmo dualidade de critérios.

Anónimo disse...

Ok afinal o master é bom a culpa é dos árbitros.... grande otário