Deveria se utilizar a informação estatística ou não para escolher o arbitro do clássico?

Depende se o objetivo é encontrar um elemento neutro ou não! Na nossa Liga, esta duvida é real!

Será que o Conselho de Arbitagem pretende nomear mesmo um árbitro equidistante, com base no histórico estatísticos dos penaltis assinalados? Se assim for, então Artur Soares Dias e Fábio Veríssimo estão obrigatoriamente fora dos elegíveis para apitar o Benfica - F. C. Porto. Se o que se quer é um elemento neutro, estes 2 estarão fora! As diferenças de penaltis assinalados para cada rival são brutais!

Mas, não é certo que o objetivo seja nomear um arbitro equidistante, pois ao longo das últimas 15 épocas, os dados denunciam que para 19 dos últimos 29 clássicos foram nomeados 4 dos árbitros (Artur Soares Dias apitou 7, Carlos Xistra apitou 1, Pedro Proença apitou 4 e Jorge Sousa apitou 7), que nas últimas 15 épocas, mais vantagens de penaltis concederam ao FCP em relação ao Benfica. Em conjunto o BANDO DOS 4 concedeu ao FCP a oportunidade de ter 31 penaltis de vantagem sobre o Benfica, nos cento e poucos jogos que controlaram de cada uma destas 2 equipas.

Artur Soares Dias, é de longe o arbitro mais favorável ao FCP, sozinho é responsável por uma vantagem de 12 penaltis do FCP em relação ao Benfica, Carlos Xistra concedeu uma vantagem de 9 penaltis ao FCP em relação ao Benfica, Pedro Proença concedeu uma vantagem de 6 penaltis ao FCP em relação ao Benfica e o Jorge Sousa concedeu uma vantagem de 4 penaltis ao FCP em relação ao Benfica. 

Estes 4 arbitros acima elecados, controlaram 19 dos últimos 29 clássicos (66% dos clássicos das últimas 15 épocas) e em conjunto no geral apitaram 113 jogos do FCP e 108 jogos do Benfica, nos quais concederam ao FCP a vantagem de competir com um saldo de 32 penaltis favoráveis e ao Benfica com o saldo de 1 penalti favorável, ou seja, praticamente no equivalente agregadado de 3 campeonatos de 34 jornadas cada, conseguiram criar uma diferença de 31 penaltis entre o FCP e o Benfica. É obra!

Quando vemos que nas últimas 15 épocas, no agregado dos 478 jogos disputados por cada equipa, o FCP usufruiu de uma vantagem de 28 penaltis em relação ao Benfica e reparamos que somente com os 4 árbitros mais utilizados para controlar o clássico foram 31 penaltis de diferença. Este BANDO DOS 4 apitando apenas 108 jogos do Benfica conseguiram garantir 31 penaltis de vantagem do FCP em relação ao Benfica, enquanto nos restantes 370 jogos do Benfica e 365 do FCP com todos os outros árbitros só encontramos 3 penaltis de diferença entre as 2 equipas rivais. Fica evidente, que o Concelho de Arbitragem ao longo destas 15 épocas, utilizou sistematicamente estes 4, porque eram os 4 que garantiam ao FCP a vantagem competitiva que os responsáveis pela arbitragem pretendiam conceder. 

A diferença de penaltis com o BANDO DOS 4 é brutal para que os responsáveis pela arbitragem não tenham reparado que estes 4 árbitros não são equidistantes aos 2 rivais em confronto direto no clássico de Portugal das últimas 15 épocas.

Inadmissível, um árbitro que assinale muitos penaltis favoráveis ao F. C. Porto, não pode depois revelar muita dificuldade em assinalar penaltis favoráveis ao Benfica e vice-versa, se é o caso, então o arbitro não reúne condições para ser nomeado para jogos importantes do Benfica e/ou do F. C. Porto.

Segue o quadro resumo que compara os penaltis do BANDO DOS 4 com o de todos os outros árbitros: 

Se realmente o objetivo do Conselho de Arbitragem é nomear um arbitro equidistante entre Benfica e F. C. Porto, há que encontrar um arbitro cujo histórico estatístico revele, que não diferenciam estes 2 grandes rivais em mais do que 2 penaltis de diferença. No quadro de árbitros existem arbitros equidistantes entre FCP e Benfica, tão declaradamente tendenciosos como o BANDO DOS 4 é a excessão.

Analisemos então o quadro estatístico de todos os árbitros que nas últimas 15 épocas apitaram mais de 10 jogos de cada uma destas equipas. Um arbitro que apite 10 jogos do Benfica e 10 do F. C. Porto, em condições arbitrais normais de isenção e equidistância não encontraremos casos em que possa ocorrer uma diferença superior a 5 penaltis de diferença entre o F. C. Porto e o Benfica. Assim, o critério estatístico, obriga a que qualquer arbitro que diferenciem em 6 ou mais penaltis o FCP e o Benfica, não possa ser elegível como elemento neutral que possa apitar um clássico Benfica-F. C. Porto, infelizmente entre os 28 árbitros do quadro de árbitros que apitaram mais de 10 jogos de cada equipa, encontramos 4 árbitros demasiados tendenciosos no que toca aos penaltis assinalados (Artur Soares Dias, Carlos Xistra, Pedro Proença e Fábio Veríssimo), todos eles diferenciaram os 2 principais candidatos ao titulo em Portugal em 6 ou mais penaltis. Inaceitável para que possam ser vistos como equidistantes.

Aqui estão os dados estatísticos de penaltis de todos os árbitros nas últimas 15 épocas.

Se o objetivo é nomear um elemento arbitral o mais equidistante possível, que seja, um arbitro internacional, então o lote de escolha só pode recair sobre muito poucos. Dos árbitros no ativo, no quadro encontramos 4 árbitros internacionais/experimentados com condições de equidistância exigida, cujos dados estatísticos de penaltis não revelam uma diferença superior a 2 penaltis entre FCP e Benfica:

• Nuno Almeida, concedeu uma vantagem de 1 penalti ao FCP em relação ao Benfica
• Luis Godinho, concedeu uma vantagem de 1 penalti ao Benfica em relação ao FCP
• João Pinheiro, concedeu uma vantagem de 2 penaltis ao Benfica em relação ao FCP
• Tiago Martins, concedeu uma vantagem de 2 penaltis ao FCP em relação ao Benfica

Qual será o arbitro que o Concelho de Arbitragem nomeará? O 1º classificado de 2021/22, 3º, 6º ou 7º.