quinta-feira, 9 de julho de 2020

Com as condições arbitrais do F. C. Porto, teria Bruno Lage sido despedido?

Nos últimos 49 jogos, Sérgio Conceição usufruiu de um saldo favorável de 16 penaltis, enquanto ao seu principal rival (o Benfica), apenas foi concedido um saldo favorável de 7 penaltis, esta diferença de 9 penaltis ditaram o treinador que seria despedido (Bruno Lage). Alguém acredita que invertendo-se a situação, ou seja, com o Benfica a jogar com uma vantagem de 9 penaltis em relação ao F. C. Porto, o Benfica já não seria nesta altura bi-campeão? É que para acontecer a inversão das condições arbitrais destas 49 jornadas, o Benfica de Bruno Lage teria de usufruir de mais 18 penaltis favoráveis (ou serem assinalados mais 18 penaltis desfavoráveis ao F. C. Porto). Bruno Lage com mais 18 penaltis no seu reinado, obteria rendimento médio pontual elevadíssimo, seguramente nunca seria despedido a meio de uma temporada desportiva. 

Seria engraçado algum jornalista perguntar ao Sérgio Conceição, se acredita ou não, que o Bruno Lage seria despedido, caso o Benfica tivesse usufruído de mais 18 penaltis favoráveis? Jogando assim, com uma vantagem de 9 penaltis em relação ao seu principal rival, tal como Sérgio Conceição jogou. Os grandes responsáveis por esta enorme vantagem arbitral, foram o Artur Soares Dias e Carlos Xistra (elementos pertencentes ao BANDO DOS 5, juntamente com o Jorge Sousa, Pedro Proença e Olegário Benquerença, que em conjunto concederam uma vantagem de 29 penaltis ao F. C. Porto em relação ao Benfica, em pouco mais de 100 jogos que apitaram de cada 1 destes rivais). O BANDO DOS 5 apitou 45 dos 70 jogos grandes do F. C. Porto, ou seja controlaram 65% dos confrontos diretos do F. C. Porto contra os outros 3 candidatos ao titulo, nas últimas 12 épocas.

Bruno Lage iniciou a sua carreira na equipa principal do Benfica na 16ª jornada da época 2018/19 e desde essa altura até agora já foram disputadas 49 jornadas (19 da época passada e 30 nesta temporada), tendo o Benfica conquistado 122 pontos (4 deles pelos critérios objetivos definidos aqui no blog foram PONTOS COM INFLUÊNCIA ARBITRAL DIRETA), o F. C. Porto de Sérgio Conceição nas mesmas 49 jornadas, conquistou 119 pontos (12 deles foram PONTOS COM INFLUÊNCIA ARBITRAL DIRETA).
Pois, aqui no blog, sempre que ocorre uma alteração de pontos conquistados, após uma expulsão ou diretamente de um último golo de penalti, esses pontos são classificados como sendo, PONTOS COM INFLUÊNCIA ARBITRAL DIRETA. Atenção para que se perceba o critério, pontos com influência arbitral direta, são pontos acrescentados/perdidos diretamente com o último golo marcado/sofrido através de penalti, caso em que podemos objetivamente concluir que, sem a decisão arbitral de o assinalar não teria acontecido esse último golo. Por exemplo, os 3 pontos que o Benfica perdeu após sofrer um penalti no Benfica 3 - Santa Clara 4, aqui no Blog não podem ser definidos, como sendo PONTOS PERDIDOS COM INFLUÊNCIA ARBITRAL DIRETA, pois esse penalti não foi o último golo do Santa Clara, logo objetivamente ninguém sabe se tal como conseguiu marcar esse último golo por si só, também não conseguiria marcar outro se ainda necessitasse de marcar mais 1 para vencer. Ou seja, mesmo estando o Benfica a vencer aos 82 minutos de jogo por 3-2, quando lhe foi assinalado o penalti desfavorável, que permitiu ao Santa Clara marcar o 3-3, como mais tarde, o Santa Clara ainda conseguiu marcar mais 1 golo, já não se pode considerar que foi o penalti diretamente que permitiu ao Santa Clara acrescentar pontos com influência arbitral, pois não foi o último golo marcado pelo Santa Clara.


Desde a 16ª até ao momento, F. C. Porto e Benfica, tem lutado palmo a palmo pelos títulos de campeão disputados nesse período, mas as condições arbitrais foram muito diferentes para esses 2 candidatos, como se pode ver nestes 2 quadros que agregam estas últimas 49 jornadas.

Estes é o quadro geral do Benfica desde a 16ª jornada da época 2018/19 (entrada do Bruno Lage):

O quadro geral do F. C.CPorto desde a 16ª jornada da época 2018/19 até a 30ª jornada 2019/20 é:

Vamos agora ver as condições arbitrais concedidas ao F. C. Porto de Sérgio Conceição:
  • O F. C. Porto usufruiu de 18 penaltis favoráveis e sofreu apenas 2 desfavoráveis (só sofreu 1 golo de penalti que foi assinalado quando já vencia por 3-0).
  • O F. C. Porto usufruiu de 8 expulsões favoráveis e sofreu apenas 3 desfavoráveis, tendo jogado 352 minutos em superioridade (conseguiu marcar 9 golos, em média marcou mais 1 golo por cada 39 minutos em superioridade) e apenas jogou 17 minutos em inferioridade numérica (não sofreu nenhum golo nesses 17 minutos agregados dos 3 jogos).
  • O F. C. Porto se não tem acontecido nenhuma alteração nos pontos conquistados em consequência direta de um último golo de penalti ou após uma expulsão, nesses 49 jogos teria conquistado 107 PONTOS SEM INTERVENÇÃO ARBITRAL DIRETA (72,8% dos pontos possíveis). E com um saldo favorável de 10 penaltis e 5 expulsões, acabou acrescentando mais 12 PONTOS COM INFLUÊNCIA ARBITRAL DIRETA, arrecadando assim oficialmente 119 pontos em 49 jogos (81% dos pontos possíveis). 
Já ao Benfica de Bruno Lage foram concedidas condições arbitrais muito piores, comparativamente ao rival, as diferenças ao irem aumentando consoante o tempo passa, acabaram por levar ao seu despedimento:
  • O Benfica usufruiu de 14 penaltis favoráveis e sofreu 7 penaltis desfavoráveis (nos jogos contra o F. C. Porto, Sporting, Braga, Boavista, Setúbal, Belenenses e Santa Clara, ou seja o Benfica sofreu um penalti desfavorável contra todos os outros 3 candidatos ao titulo). O Bruno Lage teve que tentar conquistar pontos com 7 penaltis desfavoráveis, enquanto o F. C. Porto não sofreu nenhum quando enfrentou os outros candidatos ao titulo ou as principais equipas da Liga Portuguesa, somente sofreu penalti contra o aflito Portimonense e o despromovido Chaves.
  • O Benfica usufruiu de 6 expulsões favoráveis e sofreu 5 expulsões desfavoráveis, tendo jogado 129 minutos em superioridade (conseguiu marcar 6 golos, em média marcou mais 1 golo por cada 22 minutos em superioridade) e foi obrigado a jogar 111 minutos em inferioridade numérica (não sofreu nenhum golo nesses 111 minutos agregados dos 5 jogos). Jorge Sousa ao utilizar o insólito duplo amarelo no mesmo lance para expulsar o Gabriel, colocando o Benfica em inferioridade numérica, quando pressentiu que 11 contra 11 o Benfica já não perdia a vantagem no marcador no Dragão, tentou criar as condições para o F. C. Porto não perder esse jogo e bastaria isso para o clube se sagrar campeão 2018/19. Condições arbitrais houve, faltou é os jogadores conseguir aproveitar essas condições arbitrais favoráveis. 
  • O Benfica se não tem acontecido nenhuma alteração nos pontos conquistados em consequência direta de um último golo de penalti ou após uma expulsão, nesses 49 jogos teria conquistado 118 PONTOS SEM INTERVENÇÃO ARBITRAL DIRETA (80,3% dos pontos possíveis). E com um saldo favorável de 5 penaltis e 1 expulsão, acabou acrescentando mais 4 PONTOS COM INFLUÊNCIA ARBITRAL DIRETA, arrecadando assim oficialmente 122 pontos em 49 jogos (83% dos pontos possíveis). 
Parece evidente que o Bruno Lage não estaria neste momento desempregado se tem usufruído de mais 18 penaltis. É verdade que teria jogado, em muito melhores condições arbitrais do que o principal rival, mas seguramente não estaria no desemprego. Concordas ou achas que o Sérgio Conceição conseguiria anular essa desvantagem de 9 penaltis?

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