quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Investimento em reforços e o seu efeito no Ranking UEFA

Os 4 países melhores classificados colocam 4 equipas directamente e 5º e 6º campeonato colocam 2 equipas directamente na fase de grupos da LC e ainda o 3º classificado nas pré-eliminatórias (como aconteceu com o Krasnodar esta época). Actualmente a Liga Portuguesa ocupa o 7º lugar, logo deveríamos concentrar todos esforços para recuperar o 6º lugar neste momento ocupado pela Rússia.
A eliminação do F. C. Porto frente ao Krasnodar foi um duro revés para este objectivo nacional.
Hoje inicia-se uma eliminatória muito importante para o futuro dos clubes portugueses, que é o confronto entre o Braga (4º classificado Portugal) e o Spartak Moscovo (5º classificado da Rússia).

O Krasnodar, actual 43º do Ranking UEFA, conseguiu eliminar o 10º classificado da Ranking UEFA, é o risco que se corre por sermos a 7ª melhor Liga e não a 6ª. É um risco que nos deveria levar a unir esforços para não termos de o correr, estamos aqui a falar de 45 M€ por época directamente em jogo.
Para a generalidade dos adeptos foi uma grande surpresa, já que o Krasnodar é um clube fundado apenas em 2008 por Sergey Galitstky. Que apesar de não ser daqueles milionários despesistas, que investem largos milhões em contratações para construir uma equipa grande (casos de Man City, PSG e Chelsea), vem tornando ano após ano, o Krasnodar mais forte com criteriosos investimentos. É esse caminho de investimentos criteriosos que os grandes clubes nacionais tem de seguir para subirmos na UEFA. Nestas últimas 5 épocas, Krasnodar investiu apenas 82,9 M€ em contratações (podemos ver aqui que é apenas o 106º clube que mais investiu em reforços entre 2014 e 2019), mas ao contrário dos grandes clubes portugueses não sentiu necessidade de vender os melhores jogadores (apenas facturou 37,65 M€ em vendas de passes de jogadores, foi o 174º clube em receitas de vendas de passes), logo na pratica nestas últimas 5 épocas, vemos no Krasnodar um investimento liquido de 45,25 M€, enquanto o F. C. Porto desinvestiu 228,22 M€, pois apesar de ter adquirido reforços por 253,75 M€ (sendo o 36º clube que mais gastou em reforços), também foi obrigado a alienar passes de jogadores nesse período no valor de 481,97 M€. Com Felipe e Militão no seu plantel provavelmente o F. C. Porto teria ultrapassado facilmente o Krasnodar.

Há uma verdade universal no futebol, normalmente ganham os melhores planteis. Apesar de futebol ser um jogo com significativa aleatoriedade, para se obter sucesso continuado temos de construir ano após ano, plantéis muito competentes, só assim foi possível pegar em equipas como o Chelsea, Manchester City e PSG e as transformar em campeãs nacionais e candidatas a vencer a Champions. Só estando consistentemente no TOP10 UEFA é possível que num futuro próximo a Champions venha a ser uma realidade efectiva numa época bem conseguida em que a sorte acompanhe a equipa.
Como todos os adeptos sabem o poderio financeiro é muito importante para se obter resultados desportivos. Só o dinheiro permite adquirir bons jogadores, todos sabem que não se pode comparar o:
  • Manchester City actual (6º do Ranking UEFA) do que existia andes de ser adquirido  em 2008 pelo Abu Dhabi United Group de Khaldoon Al Mubarak. Entre 2014 e 2019, Manchester City com 1.090 M€ é o 2º clube que mais investiu, em toda a história só conquistou o Campeonato Inglês por 6 vezes, é actualmente o bi-campeão Inglês e um dos fortes candidatos a atingir os 1/4 finais Champions. 
  • Paris Saint-Germain actual (PSG é o 8º do Ranking UEFA) do que existia antes de ser adquirido em 2011 pelo Qatar Sport Investment de Nassar Al-Khelaifi. Entre 2014 e 2019, o PSG com 880,1 M€ em reforços é o 5º clube que mais investiu. Conquistou 6 das últimas 7 edições da Liga francesa, num clube que ainda só conquistou 8 em toda a sua história.
  • Chelsea actual (12º do Ranking UEFA) do que existia antes de ser adquirido em 2003 pelo Roman Abramovich. Entre 2014 e 2019, Chelsea com 876,5 M€ em reforços é o 6º clube que mais investiu, é o actual vencedor da Liga Europa e tem 2 títulos de campeão Inglês nas últimas 5 épocas. Após grandes investimentos nos primeiros anos, Abramovich nos 5 últimos anos já não tem feito muitos investimentos em reforços (investimento liquido de apenas 130,06 M€) e já se nota que tem vindo a cair no Ranking, estando neste momento já fora do TOP10.
Estes são 3 exemplos de clubes que nos últimos anos tem estado bem classificados no Ranking EUFA de clubes e que historicamente ocupavam lugares abaixo do Benfica, F. C. Porto ou o Ajax, clubes grandes que de uma forma reiterada ao longo da história se encontram no Top 20 Europeu de clubes. Clubes históricos como o Benfica, F. C. Porto e Ajax tem a obrigação de serem competitivos na elite Europeia, porque tem já um longo passado/experiência nestas andanças e qualquer jovem formado nestes clubes já sabe que tem de competir para ganhar mesmo contra os clubes mais ricos da Europa.

Mesmo sabendo que é o dinheiro que manda, que é a capacidade financeira que trás o sucesso, os adeptos do Benfica, F. C. Porto e Ajax esperam que os seus dirigentes sejam capazes de manter os seus clubes regularmente na Champions (com o objectivo de estar sempre entre as 16 melhores equipas, sendo que estar entre as 32 melhores equipas é obrigatório). É um objectivo realista para estes 3 clubes históricos. mesmo sabendo que não pertencem a nenhuma das 5 grandes ligas na Europa (Inglaterra, Espanha, Alemanha, Itália e França), já que têm muitos adeptos, massa critica para nunca permitir que o clube descure o objectivo de ser um dos melhores clubes Europeus, de lutarem todos os anos para estar entre a elite Europeia, para serem uma das 16 melhores equipas.

O sucesso no futebol advêm muito da capacidade de investimento, mas não só do montante total disponível para investir em reforços, também depende muito do critério com que se utiliza esses recursos, pois, neste período de 2014-19, o Krasnodar com apenas 82,9 M€ em contratações, conseguiu ajudar a Rússia a ultrapassar Portugal no Ranking UEFA e está em vias de ser a 3ª equipa Russa a atingir a fase de grupos da Champions 2019/20, olhe que neste mesmo período analisado, quer o F. C. Porto (que investiu 253,75 M€ em reforços, é o 36º clube que mais investiu), quer Benfica (197,08 M€ em reforços, é o 49º clube que mais investiu), quer o Sporting (159,55 M€ em reforços, é o 68º clube que mais investiu), acabaram investindo um valor muito superior aos 82,9 M€ investidos em 82 jogadores pelo Krasnodar. O clube que mais gastou em reforços foi o Barcelona com 1.100 M€ investidos em 84 jogadores, como se pode ver no quadro que se segue:
Neste quadro acima, os 50 clubes que mais investiram, estão ordenados por ordem decrescente, consoante os montantes totais de investimentos em reforços desde 2014 até a data de hoje. Os clubes que mais investem acabam por recolher o beneficio desportivo desse investimento, dos 11 clubes que mais investiram em reforços, apenas o Inter de Milão se encontra mal classificado (46º lugar do Ranking UEFA), sendo o Manchester United o 18º classificado, todos os outros estão entre os 12 primeiros lugares do Ranking UEFA. Fica assim provado que, existe mesmo uma grande correlação entre investimento em reforços e sucesso desportivo alcançado. 
A Roma (14º do Ranking UEFA e também 14º clube que mais investiu em reforços) é de entre os clubes com maiores investimentos o primeiro a ter um saldo positivo de 24,31 M€ nas transferências de jogadores, mas como sabemos esta Roma de desempenho positivo nas transacções de jogadores não tem tido sucesso desportivo. O difícil é construir grandes equipas sem investir em reforços.
Investir em reforços é mesmo essencial para os clubes que procuram obter sucesso desportivo. 

Há quem pense que não é assim tão importante fazer investimentos em reforços, alguns acreditam que o que é mesmo decisivo, é conseguir elevados montantes na alienação de passes dos jogadores, pois só assim o clube conseguirá disponibilidade para adquirir novos grandes jogadores no futuro. Para desmistificar isso, vamos recorrer aos dados do Transfermarkt, que agrega todas as despesas e receitas relacionadas com a aquisição de jogadores, agora ordenando por ordem decrescente, os 25 clubes com maiores lucros no mercado de transferências de jogadores desde 2014 até hoje. É claro.
Não existe correlação entre o rendimento com as transferências e a performance desportiva.
Os números não demonstram que os clubes que maiores rendimentos com transacções de jogadores se convertem também nos clubes mais bem sucedidos desportivamente a médio prazo, como se constatou no confronto Krasnodar vs F. C. Porto e como podemos ver no quadro que se segue, em que estão ordenados os clubes com maiores saldos em transacções de jogadores de 2014 até hoje:


No quadro do campeonato das transferências das últimas épocas, o Benfica é o líder destacado.
O quadro demonstra que o Benfica com um resultado positivo de 528,05 M€ foi de longe o clube com o melhor desempenho no mercado de transferência nas últimas 5 épocas, período que conta para o Ranking UEFA (o Benfica que era o 5º em 2014 e é neste momento o 21º do Ranking UEFA). O 2º clube que gerou um lucro maior nas transacções de jogadores foi o Mónaco, com um saldo positivo de 371,72 M€ (é o actual 26º do Ranking UEFA), mas atenção, esta época já não conseguiu sequer o apuramento para as competições Europeias, esteve mesmo quase a descer de divisão. O 3º com um saldo positivo de 228,22 M€, foi o F. C. Porto (actual 10º no ranking UEFA e também era 10º em 2014, mas esta época vai falhar a Champions), o 4º foi o Red Bull Salzburgo (actual 29º do Ranking UEFA e era o 46º em 2014), com um saldo positivo de 212,16 M€ e o 5º foi o Ajax com um saldo positivo de 204,35 M€ (actual 20º do Ranking UEFA e era o 30º em 2014). Em 6º, 7º, 8º, 9º, 10º e 11 estão o Lille (114º Ranking UEFA), O. Lyon (27º Ranking UEFA), Hoffenhein (96º Ranking UEFA), Genova (102º Ranking UEFA), Shakhtar (16º Ranking UEFA) e Sporting (31º Ranking UEFA),  nenhum destes clubes consegue estar nos 15 primeiros lugares do Ranking UEFA! Daqui se comprova que os clubes que mais rendimento retiram das transacções de jogadores não são depois os primeiros no Ranking UEFA de clubes. Como se vê no quadro acima dos 25 clubes com maiores rendimentos em transacções de jogadores, não consta nenhum dos clubes actualmente mais em sucedidos no futebol Europeu, nenhum é um forte candidato sequer a atingir 1/4 final da Champions 2019/20, aliás na última década nenhum destes 25 clubes atingiu uma final da Champions sequer e apenas por uma vez excepcionalmente se atingiu as 1/2 finais (Ajax). Se bem que era um Ajax que não constava do TOP25 de clubes com melhores rendimentos com atletas quando atingiu as 1/2 finais, pois ainda não tinha vendido o De Jonk e De Ligt, ou seja, foi antes do actual defeso em que conseguiram um resultado positivo de 125,55 M€ em transacções de jogadores, logo até o ano passado apenas registavam um resultado positivo de 78,8 M€, uma vez que acumularam 204,35€ no período de 2014 até este momento. O Ajax aparentemente percebeu que para continuar competitivo tem de reinvestir parte do que recebeu, por isso para o lugar de defesa-central contratou o Edson Alvarez por 15 M€ e o Lisandro Martinez por 7 M€, para o lugar do médio centro contratou Razvan Marin por 12,5 M€, além disso ainda aproveitou para reforçar a posição de extremo com a aquisição do Quincy Promes por 15,5 M€ aparentemente ainda esta prestes a contratar o Dani Olmo por 22 M€. Já o Benfica, que neste defeso tem um saldo positivo com transacções de jogadores de 144,45 M€, ainda não reinvestiu em reforços, apesar de ser claro que o treinador solicitou um guarda-redes, um defesa-direito e um novo segundo avançado nº10 para substituir o João Félix.

Não fará, Dani Olmo mais falta ao Benfica que ainda mantêm a camisola nº10 livre do que ao Ajax que já têm Tadic com a nº10, David Neres com a nº7, Quincy Promes com a nº11, Huntelaar com a nº9, além de Van de Beek, Ziyech, Dolberg e Labyad? 
Num futuro confronto directo entre o Benfica e o Ajax na Champions, seguramente que o favorito será aquele clube que conseguir contratar o Dani Olmo. Por aqui se vê o efeito no rendimento desportivo de contratações criteriosas de qualidade indiscutível, o plantel dentro de 1 ou 2 anos financeiramente também será mais valioso, pelo simples facto de ter sido capaz de o ter contratado.
Tendo o Dani Olmo no plantel do Benfica, o Benfica já não estaria com uma grande desvantagem em relação ao Atlético de Madrid num confronto directo. Estas são as vantagens que se obtêm do investimento criterioso em reforços para posições carenciadas, o 1º objectivo é ter um bom plantel.
Este investimento fará sentido para o 20º (Ajax) e 21º (Benfica) do Ranking UEFA da actualidade, tendo em conta que querem ser competitivos na Europa, serem consistentemente sempre uma das 16 melhores equipas europeias em 2019/20 e num ano excepcional a ganhar?


6 comentários:

Hugo disse...

O Dani olmo já devia estar no Benfica há muito, andar a contratar Carlos vinicius por 17 milhões quando por uma 25 compravam o Olmo.

Alexandre Rodrigues disse...

Concordo que Dani Olvo elevaria o potencial do Benfica para outros patamares. Contudo, parece-me que a sua contratação nunca será apenas por 25 milhões (duração do pagamento, é imediato?), no caso do Ajax escreveu-se que o clube vendedor manteria 40% do passe. Hoje fala-se na saida do Renato para o Lille por 25 milhões, sinceramente acho que seria outra opção a ter em conta. Outra opção poderia ser o Sander Berge que joga no Genk (avaliado no tmkt em 22M.
Parece-me que provavelmente estaremos à espera dos últimos dias de mercado para atacar algumas destas opções, que caso não seja vendidas, existirá alguma pressão para sairem e as condições de venda podem melhorar.

Anónimo disse...

O que é mais engraçado é que esta notícia tem a data de 22, precisamente um dia depois de o Krasnodar ter levado 4 secos do Olympiakos, e eles dizem que está em vias de ser a terceira equipa russa apurada para a Champions XD

Anónimo disse...

o DÍnamo de Zagreb por menos de 40 M€ não libertaria Dani Olmo antes das pré-eliminatórias da Champions, foi por isso que os clubes Ingleses (Man United, Totenham e Everton) que o queriam não o conseguiram contratar e seu mercado já fechou. Só depois do jogo da 2ª mão contra o Rosemborg no dia 27/08/2019 é que poderá ser transaccionado e aparentemente é possível que seja por 22 M€ (um investimento dentro das possibilidades/realidade de um grande português ou holandês). A mítica camisola nº10 não pode ficar livre, ela deve ir para jogadores que sempre foram estrelas, como o Dani Olmo.

É seguramente um bom investimento para um clube, que quer competir na LC.
Um investimento no Dani Olmo que aos 21 anos já tem qualidade para ser uma estrela no Benfica (o novo nº10) e que em condições normais, com uma clausula de 120 M€ só aos 24 ou 25 anos, depois de vários troféus conquistados no clube se daria a sua transferência para um dos colossos mundiais. É um investimento com muito bom retorno financeiro, há muito poucos activos em que seria possível aplicar hoje 22 M€ de modo a que se rentabilize até 120 M€ em 3 ou 4 anos. Só não faz este tipo de investimento quem realmente não tem os 22 M€ disponíveis para fazer tal contratação.

No 4-4-2 do Bruno Lage, o Dani Olmo, jogaria preferencialmente como 2º avançado (no plantel não há nenhum mais talhado para essa posição nº10 que ele), mas também pode facilmente fazer as funções na equipa que o Pizzi (nº7), o Rafa (nº11) ou o Gabriel (nº8) executam, ou seja pode jogar com alto rendimento em 4 posições, será sempre um jogador muito útil para o treinador. Ou seja, tendo Dani Olmo no plantel mesmo no caso de lesão de Pizzi, Rafa, Gabriel ou Raúl de Tomás, o treinador manteria sempre a possibilidade de utilizar Dani Olmo nesse lugar que a equipa manteria muita qualidade.

dezazucr disse...

Excelente análise.
Quebra alguns mitos que ainda existem que o dinheiro não é assim tão importante.
Não é tudo, mas é o mais importante, pois permite sempre comprar melhores jogadores e construir melhores equipas.

O facto de as equipas que melhor vendem não conseguirem tirar rendimento desportivo disso, na minha opinião tem a ver com o facto de nunca conseguirem estabilizar o plantel, tendo de estar sempre a reconstruir equipas, sina que o Benfica tem cumprido.
Sempre que alguém se destaca é vendido :(

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Anónimo disse...

Mais importante de que fazer grandes vendas é reinvestir esse dinheiro em novos reforços criteriosamente, pois, sem investir em bons jogadores ninguém consegue ganhar. Todos os clubes que ocupam os 8 primeiros lugares do Ranking UEFA, investiram muito nos últimos 5 anos em reforços, pois o:
1º Real Madrid investiu 757,25 M€ em reforços neste período.
2º Barcelona investiu 1.100 M€ em reforços neste período.
3º Bayern Munique investiu 482,40 M€ em reforços neste período.
4º Atlético Madrid investiu 871,56 M€ em reforços neste período.
5º Juventus investiu 1.010 M€ em reforços neste período.
6º Manchester City investiu 1.090 M€ em reforços neste período.
7º Sevilha investiu 455,95 M€ em reforços neste período.
8º PSG investiu 880,10 M€ em reforços neste período.

Ou seja, todas estas 8 equipas com mais sucessos nas competições Europeias nos últimos 5 anos, investiram pelo menos 455,95 M€ (Se o Benfica tivesse investido os mesmos 455,95 M€ que o Sevilha investiu em reforços, então estaria a reinvestir 63% dos 725,13 M€ que recebeu pelos jogadores vendidos). Teria sido possível tal investimento obtendo um resultado positivo? Mesmo não sendo possível chegar a esses montantes, acredito que reinvestindo apenas 290,05 M€ (40% dos 725,13 M€ das vendas) teriam permitido ao clube ter condições para estar no Top10 do Ranking Europeu. Mesmo que tivesse conseguido contratar o Navas, o Djibril Sidibé e o Dani Olmo, para as posições de Guarda-redes, defesa-direito e segundo avançado, ainda teriam folga, pois até ao momento apenas reinvestiu 197,08 M€, faltam 92,97 M€ em reforços para se atingir os 290,05 M€ (40% das vendas de jogadores, sempre que se vende está-se a desinvestir na valia do plantel).

Quem dirige o Benfica pode até dizer que não seria possível este nível de investimento, para quem quer apresentar um resultado acumulado muito positivo nessas 5 épocas, como apresentou, mas a realidade é que nenhum clube desportivo necessita de ter resultados acumulados de 5 anos superiores a 100 M€, os clubes não distribuem dividendos aos accionistas, o seu objectivo principal é obter sucesso desportivo.