quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Jornada que precede o GRANDE CLÁSSICO DE PORTUGAL

Falta uma jornada para conhecermos quem é o arbitro nomeado para o Benfica-F. C. Porto


O Rui Costa e o Manuel Oliveira que arbitraram na 5ª jornada os jogos, do Benfica e do F. C. Porto, já sabemos que não podem ser nomeados para estas mesmas equipas no Clássico da 7ª jornada. Com a nomeação os árbitros para a 6ª jornada a serem revelados nesta 5ª Feira e 6ª Feira ficaremos a conhecer os outros 2 árbitros, que também passam a ser considerados inelegíveis para apitarem o grande clássico da 7ª jornada. 

Quem serão os nomeados desta 6ª jornada para o Chaves-Benfica e para o F. C. Porto-Tondela?

Os responsáveis pela Arbitragem na Liga Profissional de Futebol já devem estar a preparar a nomeação do arbitro para aquele que é na atualidade, o GRANDE CLÁSSICO DE PORTUGAL, que vai opor as únicas duas equipas que conquistaram títulos de campeão nacional nas últimas 10 épocas. Agregando os dados da atual temporada 2018/19 ao histórico das anteriores 10 temporadas, verificamos que o Benfica e o F. C. Porto conquistaram exatamente os mesmos 767 pontos, nesses 321 jogos que cada uma das equipas disputou. Constata-se assim, que houve um equilíbrio absoluto entre o rendimento desportivo médio do Benfica e do F. C. Porto ao ponto de nas últimas 10 temporadas, cada uma das equipas ter conquistados justamente 5 desses campeonatos. 

Ora como duas equipas que nos últimos 321 jogos conquistaram exatamente os mesmos 767 pontos, em média ambas as equipas conquistaram 80% dos pontos em disputa nos últimos 11 campeonatos. Este é o rendimento médio do Benfica e do F. C. Porto em 321 jogos, repito 321 jogos! Logo são estes os dados estatísticos que melhor definem a valia média destas equipas na atualidade, pois em 321 jogos com todos os árbitros, o Benfica e o F. C. Porto conquistam em média exatamente os mesmos 80% dos pontos disputados, mas quando analisamos o desempenho com cada arbitro em concreto, como é óbvio com alguns árbitros encontraremos um rendimento superior a esse e com outros um rendimento inferior a esse. Em princípio quanto maior é o numero de jogos que o arbitro dirigiu mais próximo deve estar o rendimento do clube com esse arbitro dos 80% que é a média dos 2 clubes, o Benfica e o F. C. Porto conquistam em média 80% independentemente do arbitro em questão. Como estamos a falar de 2 clubes com um rendimento médio exatamente igual nas últimas 11 épocas, seria expetável encontrarmos nos 20 confrontos diretos entre Benfica e F. C. Porto, 10 nomeações favoráveis ao Benfica e 10 nomeações favoráveis ao F. C. Porto, pois existem tantos árbitros com os quais o Benfica tem um rendimento superior ao do F. C. Porto como o seu contrário. Seria sempre contranatura encontrarmos 18, 19 ou 20 em 20 nomeações de árbitros com as quais uma das equipas conquistou em média mais pontos que o seu rival direto. Esse é um sinal que as nomeações para os clássicos foram tendencialmente favoráveis a um dos rivais e não equidistantes como deviam ter sido.

No próximo quadro, podemos ver os dados estatísticos de todos os 9 arbitros que estiveram nos clássicos das últimas 10 épocas, pela ordem do mais favorável ao F. C. Porto ao mais favorável ao Benfica. Os 5 árbitros destacadamente mais favoráveis ao F. C. Porto, apitaram 16 dos 20 jogos. Incrível!!! Em 16 dos 20 clássicos foram nomeados árbitros que francamente desfavoráveis ao rendimeno desportivo do Benfica e declaradamente favoráveis ao F. C. Porto! O F. C. Porto não tem nenhuma equipa rival em Portugal que tenha conseguido um rendimento aproximado ao seu, com esses 5 árbitros francamente favoráveis ao seu rendimento desportivo.
Legenda: Árbitros a azul, aqueles com o qual o F. C. Porto tem um rendimento médio muito superior ao do Benfica (Olegário Benquerença, Pedro Proença, Jorge Sousa, Artur Soares Dias e Carlos Xistra). Árbitro a vermelho, aquele com o qual o Benfica tem um rendimento médio muito superior ao do F. C. Porto (Rui Costa). Árbitros a laranja, são os árbitros mais equidstantes, são os 3 casos em que no histórico não existiu uma grande diferença no rendimendo médio dos 2 clubes nas últimas 11 épocas (Duarte Gomes, Lucílio Baptista e João Ferreira). 

Como se vê dos 9 árbitros que apitaram os clássicos nas últimas 10 temporadas, Rui Costa é o único com o qual o Benfica apresenta um rendimento médio francamente mais favorável ao F. C. Porto. O Conselho de Arbitragem com a sua nomeação para o jogo do Benfica na 5ª jornada, já o retirou das hipóteses para a 7ª jornada. Os 3 árbitros no quadro com registos históricos mais equidistantes entre as 2 equipas, Duarte Gomes, Lucílio Baptista e João Ferreira também não podem ser opção para o GRANDE CLÁSSICO da 7ª jornada, uma vez que já não estão em atividade, com todos os restantes árbitros do quadro o rendimento médio do F. C. Porto tem sido muito superior ao do Benfica. Também por já se terem retirado, Olegário Benquerença e Pedro Proença não podem ser opção para a 7ª jornada, restam do quadro o Carlos Xistra ou os portuenses Jorge Sousa e Artur Soares Dias. Se o critério for nomear um arbitro com experiência em clássicos, então está garantido que será novamente nomeado um arbitro que tem sido claramente mais vantajoso para o rendimento desportivo do F. C. Porto do que do Benfica.
Será esse o objetivo do Conselho de Arbitragem ou existe a preocupaçãp de escolher um arbitro, o mais equidistante possível em vez de persistir em nomeações de árbitros em que já existe uma amostra bastante grande para podermos inferir que existe uma clara tendência arbitral favorável ao rendimento desportivo de um dos clubes em confronto.

 Sabemos que nestas últimas 10 épocas, apenas 9 árbitros apitaram os clássicos Benfica – F. C. Porto, sendo que com 6 destes árbitros eram árbitros com o qual o F. C. Porto obtêm um rendimento médio superior ao do Benfica e com os restantes 3 se verifica que é o Benfica que obtêm melhor rendimento médio nas últimas 11 épocas. Sendo duas equipas com um rendimento médio geral semelhante (80% dos pontos), diferenças no rendimento médio destes 2 clubes com um arbitro em concreto até 10% podem ser aceitáveis, agora os árbitros com diferenças superiores a 10%, esse facto só pode acontecer se o arbitro em questão for claramente favorável ao rendimento desportivo de um dos clubes em desfavor do seu principal rival.

A titulo de exemplo vemos que:
  • Nos jogos arbitrados pelo Olegário Benquerença, o F. C. Porto nestas últimas 11 épocas conquistou em média mais 65% dos pontos do que o Benfica, felizmente o Conselho de Arbitragem verificou que este arbitro não garante a equidistância entre os dois clubes, assim só o nomeou para dirigir um único clássico. Olegário Benquerença nestas últimas 11 épocas apitou 9 jogos do F. C. Porto em que clube conquistou em média 93% dos pontos possíveis e 6 jogos do Benfica em que o clube conquistou em média 28% dos pontos possíveis. Olegário Benquerença foi o exemplo mais favorável ao F. C. Porto, de entre todos os 9 árbitros que foram nomeados para o clássico nas últimas 10 épocas, comparativamente ao rendimento do Benfica com o arbitro.
•    Nos jogos arbitrados pelo Rui Costa, o Benfica nestas últimas 11 épocas conquistou em média mais 27% dos pontos do que o F. C. Porto (apitou 12 jogos do F. C. Porto e 18 do Benfica), felizmente o Conselho de Arbitragem verificou atempadamente que este arbitro não garante a equidistância entre os dois clubes, assim só o nomeou para dirigir um único clássico. Rui Costa foi o exemplo mais favorável ao Benfica de entre todos os 9 árbitros, que foram nomeados para o clássico nas últimas 10 épocas, comparativamente ao rendimento do F. C. Porto com o arbitro.
·        Além destes exemplos extremos, Olegário Benquerença e Rui Costa infelizmente constatamos que também foram nomeados para dirigir clássicos, outros árbitros em que é demasiado visível a diferença do rendimento médio dos dois clubes com o arbitro em questão, como foram os casos do Pedro Proença nomeado por 4 vezes, Jorge Sousa nomeado por 4 vezes, Artur Soares Dias nomeado por 6 vezes e Carlos Xistra nomeado 1 vez. Nas últimas 11 épocas, nos jogos arbitrados pelo Pedro Proença, o F. C. Porto obteve um rendimento médio superior ao do Benfica em 27% (apitou 16 jogos do F. C. Porto e 13 do Benfica), com a arbitragem do Jorge Sousa o F. C. Porto em média tem um rendimento superior ao do Benfica em 17% (apitou 20 jogos do F. C. Porto e 23 do Benfica), com a arbitragem do Artur Soares Dias, o F. C. Porto em média tem um rendimento superior ao do Benfica em 14% (apitou 22 jogos do F. C. Porto e 26 do Benfica), com a arbitragem do Carlos Xistra o F. C. Porto em média tem um rendimento superior ao do Benfica em 14% (apitou 27 jogos do F. C. Porto e 19 do Benfica). Conclui-se que a esmagadora maioria dos últimos 20 clássicos tiveram a arbitragem de árbitros francamente favoráveis ao rendimento desportivo do F. C. Porto, visto que os árbitros Olegário Benquerença, Pedro Proença, Jorge Sousa, Artur Soares Dias e Carlos Xistra, conseguiram criar uma grande diferença no rendimento médio destas 2 equipas, que no geral com todos os árbitros revelaram ter uma valia média exatamente igual, pois no geral em 321 jogos ambas as equipas conquistam em média 80% dos pontos disputados.
·        Além dos 2 exemplos extremos (Olegário Benquerença e Rui Costa) e dos outros 4 árbitros francamente favoráveis ao F. C. Porto, apenas encontramos 3 árbitros nomeados para o clássico, que estatisticamente podemos dizer que são árbitros com o qual não existe uma vantagem arbitral significativa de um dos rivais em relação ao outro, ou seja, apenas com o Duarte Gomes (nomeado 1 vez), Lucílio Baptista (nomeado 1 vez) e com o João Ferreira (nomeado 1 vez), podemos dizer que foram nomeados árbitros que são equidistantes no que concerne ao rendimento médio dos 2 clubes em competição (Benfica e F. C. Porto). Nas últimas 11 épocas com a arbitragem do Duarte Gomes o F. C. Porto em média tem um rendimento superior ao do Benfica em 8% (apitou 12 jogos do F. C. Porto e 9 do Benfica), com a arbitragem do Lucílio Baptista o Benfica em média teve um rendimento superior ao do F. C. Porto em 1% (apitou 7 jogos do F. C. Porto e 10 do Benfica), com a arbitragem do João Ferreira o Benfica em média teve um rendimento superior ao do F. C. Porto em 9% (apitou 8 jogos do F. C. Porto e 10 do Benfica).  

Curiosidades para abrir os olhos a aqueles que ainda acreditam que, o Conselho de Arbitragem tem procurado fazer o melhor que pode para garantir a equidistância nas nomeações do arbitro para o clássico. Os números não enganam!

Curioso, é o facto de constatarmos que, com os 9 árbitros que foram nomeados para clássicos, o rendimento médio do F. C. Porto nas últimas 11 épocas, é visivelmente melhor que o do Benfica com os mesmos árbitros. No geral com estes 9 árbitros, o F. C. Porto conquistou 309 pontos em 133 jogos, enquanto o Benfica com os mesmos árbitros em 134 jogos só conseguiu conquistar 267 pontos, mas também convêm realçar que nesses jogos dirigidos por estes 9 árbitros nas últimas 11 épocas, o F. C. Porto usufruiu de 34 penaltis favoráveis e sofreu apenas 8 desfavoráveis (saldo favorável de 26 penaltis), já o Benfica usufrui de 28 penaltis favoráveis e sofreu 17 desfavoráveis (saldo favorável de 9 penaltis). Esta diferença de 17 penaltis no saldo dos penaltis das duas equipas denunciam que, com estes 9 árbitros existe de facto uma clara tendência arbitral favorável ao F. C. Porto e desfavorável ao Benfica, pois não é expetável encontrarmos tanta diferença nas infrações cometidas nas áreas nos jogos destas duas equipas que revelam desempenhos médios exatamente iguais em 321 jogos no período em análise. Logo podemos concluir que, nas nomeações dos árbitros da última década não se respeitou o princípio da equidistância. Tem sido dada recorrentemente uma vantagem competitiva a um dos clubes em confronto ano após ano (F. C. Porto). Em condições arbitrais de normalidade, não seria possível detetarmos uma tão grande diferença estatística nas decisões arbitrais relevantes (penaltis) que os árbitros tomaram em benefício do desempenho desportivo de cada um dos 2 clubes. Convêm não esquecer que estamos a falar de 2 clubes, com um rendimento geral agregado com todos os árbitros exatamente igual em 321 jogos, logo não se justifica uma diferença média de 11% no rendimento médio dos clubes nos 133 jogos arbitrados por esses 9 árbitros que dirigiram clássicos. O F. C. Porto com estes 9 árbitros, conquista em média 77% dos pontos e o Benfica em média apenas conquista 66% dos pontos com esses mesmos 9 árbitros, mas já com os restantes árbitros conquistou em média 89% dos pontos, enquanto o F. C. Porto conquistou 81% dos pontos com todos os árbitros que não apitaram clássicos.



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