Será que o número de penaltis e expulsões favoráveis tem efeito no rendimento de uma equipa?
O F. C. Porto neste campeonato 2016/17 usufruiu até ao momento de 7
penaltis favoráveis (5 dos quais foram assinalados ainda com o jogo empatado) e também usufruiu
de superioridade numérica durante 298 minutos repartidos por 9 jogos, em média
são 33 minutos em superioridade numérica em cada um dos 9 jogos. Apesar desses numéros serem francamente melhores daqueles que os rívais tiveram direito, ainda há responsáveis portistas que se consideram prejudicados pela arbitragem, defendem que deviam ter sido assinalados mais penaltis e expulsões assinalados a seu
favor ainda.
Quem conhece o efeito estatístico sabe que a ser assinalados mais decisões arbitrais favoráveis ao F. C. Porto do que os 16 que foram assinalados (7 penaltis e 9 expulsões), em princípio tal permitiria ao clube melhorar os seus resultados, tal como
acontece com todas as equipas no mundo, pois estatisticamente está provado que todas
melhoram o rendimento quanto mais beneficiam de decisões arbitrais favoráveis. No campeonato, foram assinalados 8 decisões arbitrais favoráveis ao Benfica (6 penaltis e 2 expulsões, sendo que ambas as expulsões de jogadores adversários só aconteceram no final das partidas e não nos 90 minutos regulamentares).
Nuno Espirito Santo e as suas escolhas têm alguma responsabilidade nos resultados?
A sua gestão do plantel só agora está a merecer alguma contestação por parte dos adeptos, pois até aqui toda a responsabilidade pelos maus resultados era atribuida aos árbitros, apesar destes terem permitido ao clube usufruir de mais minutos em superioridade numérica e mais penaltis que o lider Benfica.
Este campeonato começou com Brahimi quase sempre na bancada (nas primeiras 11 jornadas, esteve em campo 122 minutos no total, divididos por 5 jogos), o jovem André Silva assumia o protagonismo no F. C. Porto, como a estrela principal da equipa no 1º terço do campeonato e o capitão da equipa foi o Herrera até cair em desgraça no jogo contra o Benfica. E estamos agora a terminar a temporada 2016/17, com o Marcano a capitanear a equipa, num momento em que Brahimi é novamente reconhecido pelos adeptos como o melhor jogador da equipa e o André Silva voltou a ser um suplente pouco utilizado (apenas esteve 80 minutos em campo nas ultimas 3 semanas).
Este campeonato começou com Brahimi quase sempre na bancada (nas primeiras 11 jornadas, esteve em campo 122 minutos no total, divididos por 5 jogos), o jovem André Silva assumia o protagonismo no F. C. Porto, como a estrela principal da equipa no 1º terço do campeonato e o capitão da equipa foi o Herrera até cair em desgraça no jogo contra o Benfica. E estamos agora a terminar a temporada 2016/17, com o Marcano a capitanear a equipa, num momento em que Brahimi é novamente reconhecido pelos adeptos como o melhor jogador da equipa e o André Silva voltou a ser um suplente pouco utilizado (apenas esteve 80 minutos em campo nas ultimas 3 semanas).
Podemos analisar o rendimento no campeonato nacional, discriminando cada
terço do campeonato:
- No campeonato nacional, nas
primeiras 11 jornadas, o F. C. Porto venceu 6, empatou 4 e perdeu 1 vez, ou seja iniciou a época com muitas
dificuldades competitivas. Nesse 1º terço do campeonato, o F. C. Porto em
3 jogos dos 11 jogos usufruiu de penaltis e/ou expulsões favoráveis e
acabou vencendo estes 3 jogos! Mais penaltis houvessem e mais jogos
venceria!
- Entre a 12ª jornada e a 24ª
jornada, em 7 partidas o F. C. Porto usufruiu de penaltis e/ou
expulsões favoráveis e aproveitou da melhor forma essa situação para
vencer todos esses 7 jogos. Neste 2º terço foram assinalados mais penaltis
e expulsões a seu favor e os empates foram transformados em vitórias, a
melhoria no desempenho geral da equipa foi evidente, neste 2º período do campeonato, o F. C. Porto venceu por 12 vezes e só empatou 1 dos 13 jogos! Em 13 jogos é muito
significativo usufruir de 11 decisões arbitrais favoráveis (7 expulsões e 4 penaltis favoráveis).
- No último terço do campeonato,
o F. C. Porto somente usufruiu de penaltis e/ou expulsões favoráveis num
único jogo, para não variar acabou vencendo essa partida. Entre a 25ª
jornada e a 32ª jornada, o F. C. Porto no geral venceu 3 jogos e empatou 5
jogos, ou seja
assim que deixaram de ser assinalados penaltis e/ou expulsões favoráveis e
a equipa, voltou a revelar dificuldades em conquistar vitórias.
Moral da história: em 32 jornadas, o F. C. Porto venceu por 21 vezes
(venceu todos os 11 jogos em que beneficiou de penaltis e/ou expulsões
favoráveis), empatou 10 e perdeu apenas 1 vez. Os números do 2º terço demonstram que o F. C. Porto beneficiando de penaltis e expulsões favoráveis tem capacidade para aproveitar as mesmas, garantindo um grande número de vitórias. Com muitos mais penaltis e expulsões assinalados a seu favor, a equipa terminaria esta época como aquela que conquistou mais pontos. Se
em vez de beneficiar de penaltis e/ou expulsões em 11 dos 32 jogos, tivesse beneficiado de mais jogos com decisões arbitrais favoráveis, como era o desejo dos seus dirigentes,
então seguramente o clube teria neste momento uma melhor pontuação. Se
tivesse usufruído de penaltis e/ou expulsões, por exemplo em metade dos jogos que disputou, ou seja em 16 jogos, muito provavelmente neste momento teria
convertido nesses 5 jogos a mais favoráveis, os empates em 5 vitórias, (5*2=10 pontos, ou seja,
teria acrescentado mais 10 pontos directamente com influência arbitral directa
e estaria neste momento com 5 pontos de vantagem em relação ao Benfica e não de
desvantagem como está. Existem muitos representantes do F. C. Porto que, acreditam que com mais 5 jogos a beneficiar de decisões arbitrais
favoráveis já esta época não ser apelidado de Liga Salazar, ou seja somente no caso de terem sido assinalados mais 5 penaltis
favoráveis ao F. C. Porto, estariam reunidas as condições
arbitrais para o sucesso desportivo do clube).
Poucos conhecem, o efeito que as decisões arbitrais têm no rendimento
desportivo de uma equipa, mas está estatisticamente comprovado que as equipas melhoram
de rendimento ao usufruir de decisões arbitrais favoráveis (penaltis e
expulsões).
A maioria dos adeptos não consegue identificar que 2 clubes usufruíram de
diferentes condições arbitrais durante um campeonato, mesmo que no final das 34
jornadas, detectassem que um dos clubes, no campeonato inteiro não
usufruiu de nenhum minuto de jogo em superioridade numérica e o seu rival tenha
competido em superioridade numérica mais de 500 minutos (ou seja, disputou cada
uma das 34 jornadas, usufruindo em média de 15 minutos em superioridade
numérica que o seu rival não beneficiou). Tal como não conseguiriam detectar que as condições arbitrais são
diferentes durante as 34 jornadas, mesmo que no final do campeonato
verificassem uma diferença de 10 penaltis assinalados a favor entre esses 2 clubes
(no cumulo, nem que todos esses 10 penaltis fossem assinalados em jogos
que se encontravam empatado, alguns adeptos não conseguiriam constatar que as
condições arbitrais foram muito diferentes entre os 2 clubes). Deixo aqui os números desta temporada 2016/17 para cada um retirar as suas conclusões.
A longo prazo, não é suposto
encontrarmos uma grande diferença nas condições arbitrais entre 2 equipas com
objectivos semelhantes, seja entre 2 equipas que discutiram o título, sejam
entre 2 que discutiram a permanência. O que deve fazer a diferença devem ser a capacidade das jogadores por si só conquistarem os pontos e não a sorte de usufruir uma enormidade de penaltis favoráveis.
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