quarta-feira, 22 de maio de 2019

COMO MELHORAR O PLANTEL DO BENFICA PARA 2019/20?

Terminado o campeonato, é altura de fazer uma avaliação do desempenho individual de cada elemento e definir quais são os jogadores a permanecer para a próxima época.

Há um ano atrás, também numa análise de final de época e perspectivas para a épocas seguinte como estamos a fazer agora, em 15/05/2018 publicamos aquiquais eram na nossa opinião os melhores jogadores dos plantéis do Benfica, F. C. Porto e Sporting a serem mantidos para a temporada 2018/19 de modo a garantir as melhores condições para se obter sucesso desportivo.

Debruçando-nos primeiro sobre o plantel da equipa campeã 2018/19 (Benfica), temos o seguinte quadro resumo, ordenando pelo tempo de utilização os 20 jogadores mais importantes na temporada.


Em 15/05/2018 tínhamos definidos, o Jardel, Grimaldo, Fejsa, Pizzi e Jonas como sendo os 5 imprescindíveis para o sucesso desportivo do Benfica na época 2018/19, terminada a época vemos que foram respectivamente, o 7º, 2º, 11º, 5º e 16º mais utilizados, ou seja apenas o Jonas não aparece no 11 mais utilizado nesta época, tendo sido substituído na equipa titular por um jovem em ascensão (João Félix, que acabou sendo o 9º mais utilizado da época). 

Após a análise ao desempenho do campeão 2018/19 (Benfica), vamos agora sugerir algumas soluções para o reforçar o plantel no sentido de ser ainda mais competitivo nas competições europeias, sem exceder o tecto máximo dos 40 M€ de investimento em contratações (Orçamento comportável para a realidade do Benfica). Como todos sabemos, é expectável que os jogadores mais jovens que compõem o actual plantel melhorem as suas capacidades na época 2019/20 (casos de Rúben Dias, Ferro, Florentino, Gedson Fernandes e Jota) enquanto os mais veteranos irão diminuir o seu desempenho médio (casos do Jonas, Jardel ou Fejsa, com 35, 33 e 30 anos respectivamente).

É por sabermos que ultrapassando os 30 anos se tende a perder qualidades físicas a cada ano, é que neste momento tudo aponta para que não façam parte do plantel 2019/20, os 2 jogadores mais velhos que iniciaram 2018/19, um deles já confirmado, porque Luisão em 25/09/2018 decidiu terminar a carreira de jogador aos 37 anos e outro ainda está em dúvida neste momento. Jonas até ao meio da temporada era o avançado titular da equipa, mas desde que se lesionou na 15ª jornada em Portimão num lance em sofreu a sua única expulsão no Benfica, aparentemente deixou de ter condições físicas para ser titular do Benfica (apesar disso, Jonas ainda terminou a época como o 16º jogador mais utilizado do plantel, com 15 golos marcados em 1.459 minutos, mais uma vez, foi o goleador com melhor rácio minuto/golos da equipa e da Liga, tal como tem sido consistentemente nestes anos que tem estado na Liga Portuguesa). Se no início da época, era reconhecido por todos que Jonas era a estrela maior da equipa, hoje já todos os adeptos sabem que já se deu a passagem desse testemunho para o João Félix (que no seu 1º ano de sénior, marcou 20 golos em 2.864 minutos de utilização).

Haverá alguém melhor, para o Jonas entregar a camisola nº10, do que o João Félix?
Melhor, só se numa jogada de marketing do Benfica, o Jonas ao entregar a camisola lhe segredasse ao ouvido: "Sabes,...só vou conseguir me reformar em paz comigo próprio, entregando esta camisola que também já foi do grande Eusébio, a alguém capaz de dar aos Benfiquistas ainda mais alegrias do que eu dei (137 golos marcados e 42 assistências). Tenho um feeling que esta camisola nº10 vai te ficar mesmo bem miúdo! É um nº magico para o ...Magico!" E ao receber a camisola, aparecer a imagem do João Feliz a sonhar estar a deslizar de joelhos pelo chão a festejar um golo como fez no Dragão, até ultrapassar a câmara, deixando então bem visível nas costas do João Félix, o nº 10 na camisola.

Convém que os dirigentes do Benfica não se esqueçam da importância de ter no plantel um goleador de grande qualidade (como Jonas, que marcou 137 golos nos 183 jogos oficiais pelo Benfica, permitindo a equipa conquistar 4 campeonatos nos 5 anos que representou o Benfica e no ano 2017/18 deixou a equipa na liderança do campeonato quando se lesionou a 6 jornadas do fim, só por isso não foram 5 em 5). Partindo do princípio que o Jonas se irá retirar, para a próxima época só restam o Seferovic e o João Félix, por isso, devem ser contratos 2 novos avançados, até porque o modelo de jogo escolhido pelo Bruno Lage pressupõe a utilização em simultâneo de 2 avançados e de entre os nomes de reforços falados na imprensa nos últimos tempos, escolheria o Carlos Vinícius (24 anos, que na carreira já leva 36 golos marcados em 75 jogos) e o Luan (26 anos, que na carreira já leva 73 golos em 279 jogos), avançados com a idade e qualidades futebolísticas adequadas para explodirem definitivamente no Benfica, no próximo par de anos ao lado do João Félix. Estão na idade certa para competir por títulos e eventualmente ainda virem a render economicamente, com os seus valores de mercado actual, nenhum deles exigiria um esforço financeiro superior ao que o Benfica habitualmente costuma fazer quando se quer reforçar no mercado.


Avaliando o plantel que terminou está temporada e respeitando as escolhas do treinador actual (Bruno Lage), que se manterá a comandar a equipa na próxima época, a direcção deveria estabilizar o plantel para nas próximas 2 épocas tentar conquistar um troféu Europeu. Assim, devia manter os principais elementos do plantel e assumir a decisão de apenas vender/emprestar os seguintes jogadores, Cervi (13º mais utilizado), Jonas (16º), Zivcovic (17º), Svilar (20º), Corchia (23º), Yuri Ribeiro (24º) e eventualmente Krovinovic (26º) no sentido de lhe permitir readquirir ritmo competitivo.


João Félix, tal como todos os jovens realmente talentosos saídos da cantera Benfiquista, devem pelo menos representarem a equipa principal do Benfica durante 3 épocas, retribuindo em títulos desportivos, o investimento feito pelo Benfica na sua formação como atletas de elite, antes de poderem ir a procura dos grandes contratos por está Europa fora (salários anuais superiores a 8 milhões de €). No caso em concreto do João Feliz, ficando mais 2 temporadas para tentar conquistar uma prova europeia pelo Benfica, ao completar 21 anos e com mais de 100 jogos realizados na 1ª equipa, poderá sair já bem traquejado/titulado, após 3 anos de experiência numa equipa Top 10 do Ranking Europeu como é o Benfica, ainda a tempo de ter mais 10 anos de alta competição pela frente, no auge das suas capacidades físicas, apto a actuar em qualquer dos clubes mais ricos/endinheirados do mundo (daqueles que o podem resgatar do Benfica, por 120 ou mesmo 150 milhões €). É uma situação vantajosa para o Benfica, que usufrui dos jogadores que forma e para os atletas que crescem devidamente amparados num ambiente em que se sentem em casa e tem 3 épocas para poderem deixar o seu legado no clube (quem não gostará de contribuir com títulos para o seu clube de coração, clube em que sonhava jogar durante toda a infância).

Só retendo esses talentos durante 3 épocas é possível competir na Europa com os clubes mais ricos.
Como é sabido anualmente, o investimento em reforços nunca deve ultrapassar os 40 M€ no total, sendo 10 M€ o tecto máximo de cada aquisição e 7,5 M€ de custo anual máximo em salários).
Pelas carências evidenciadas devem ser contratados jogadores para as seguintes posições (sugestões):
  • 1 Guarda-Redes experiente, com grande probabilidade de ganhar a titularidade: Cillessen (de 30 anos, com 48 jogos pela selecção da Holanda) ou Antony Lopes (28 anos), qualquer um destes 2 pretende mudar de clube neste defeso e as suas condições financeiras para essa mudança estão dentro das possibilidades do Benfica. 
  • 1 defesa direito experiente, com grande probabilidade de ganhar a titularidade: Bruno Peres (29 anos) ou Mário Fernandes (28 anos), ambos estão com a maturidade certa que o Benfica Europeu precisará, sendo que o Bruno Peres tem a vantagem de poder fazer também a lateral esquerda.
  • 1 defesa esquerdo, para lutar pela titularidade: Mário Rui (27 anos) ou Diego Laxalt (26 anos), atletas bastante rápidos e intensos, com aproximadamente 200 jogos na carreira e também já com alguma experiência em balneários de clubes de topo (Nápoles e Milan).
  • 1 Extremo desequilibrador ainda jovem, muito veloz e agressivo: Ignacio Pussetto (23 anos) ou  Bruma (24 anos). Qualquer um deles ainda numa idade e preço de mercado em que será possível acrescentarem capacidades desportivas ao Benfica de imediato e evoluírem ao ponto de ainda virem a dar retorno financeiro dentro de 2 ou 3 épocas (ainda podem vir a ser vendidos por mais de 20 M€). Se o Benfica não conseguir acompanhar os valores necessários para contratar qualquer um destes dois jogadores já feitos, então deve investir no jovem Rafael Camacho (19 anos).
  • 1 avançado capaz de jogar como 2º avançado: Luan (a estrela do Grémio nas últimas épocas. Coincidência, Jonas também brilhou no Grémio) ou Rafael Leão (que aos 19 anos na sua época de estreia como sénior já foi capaz de contribuindo com 8 golos em 1.296 minutos, ajudar o Lille a conseguir a 2ª posição na Ligue 1, logo atrás do riquíssimo PSG.
  • 1 ponta de Lança: Carlos Vinícius (jovem de 24 anos que apesar de ainda não ter jogado num grande, já leva 36 golos em 75 jogos na carreira. 36 golos marcados em 5.483 minutos jogados, são realmente muitos golos marcados, imaginem se estivesse numa equipa muito superior aos seus adversários como é o Benfica, só para de ter uma ideia do número de golos que ele poderia atingir, só esta temporada, o Rubén Dias jogou 4.923 minutos, como se pode ver no quadro acima) ou o Raúl de Tomás (jovem de 24 anos, que na sua ainda curta carreira já leva 81 golos em 211 jogos). No caso de pretender apostar num avançado capaz para dar resposta imediata mesmo que não garanta retorno financeiro no futuro, então se deve contratar, o Dyego Sousa (avançado de 29 anos, que nos 5 anos que leva da 1ª liga, entre Marítimo e Braga, marcou 56 golos em 147 jogos).
Em seguida, apresenta-se o quadro com o plantel para 2019/20, respeitando os limites orçamentais do Benfica e contratando jogadores capazes de complementar a valia do plantel que já existe.
Ficando assim, com um plantel com pelo menos 17 jogadores já feitos/maduros (com + de 23 anos).

Veremos se a direcção do Benfica conseguirá montar um plantel melhor que este para 2019/20 e qual será o orçamento para reforços neste defeso, se serão investidos 40 M€ ou se somente serão investidos os essenciais 28 M€ em 4 aquisições cirúrgicas (Cillessen, Bruno Peres, Ignacio Pussetto e Carlos Vinícius), que permitirão ao clube apresentar sempre 18 grandes jogadores em cada ficha de jogo e ao treinador ter soluções para cada abaixamento de forma de um atleta.

Construindo este plantel sugerido em cima certamente, em Maio de 2020, o Benfica terá mais títulos do que tem hoje e também terá nessa altura um plantel avaliado em mais de 359 milhões € (ou seja, mais do que os 319 milhões € em que está avaliado ao dia de hoje, acrescidos dos 40 milhões investidos em reforços, mesmo sabendo que para entrarem esses 6 reforços têm de sair pelo menos o mesmo número de jogadores, que neste momento no transfermarkt têm os seguintes valores de mercado: Svilar 2,5 M€, Corchia 3 M€, Yuri Ribeiro 2,5 M€, Franco Cervi 16 M€, Zivcovic 16 M€, Jonas 3,5 M€).


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