A credibilidade e o apito final!
Assim sendo é deverás estranho, esta nova decisão em que se decide pelo arquivamento de um caso tão revelante e compremetedor como este em que estamos a falar de uma infração disciplinar tão grave como a da corrupção desportiva.
Nesta sentença de arquivamento datado de 05/07/2017, que incompreesivelmente só foi tornada de conhecimento publico, ontem dia 17/07/2017, os juizes decidiram acreditar na versão dos defensores de Pinto da Costa e do Augusto Duarte, de que o arbitro foi a casa do presidente simplesmente para obter conselhos matrimoniais, pelos vistos, encontro esse que tinha que ocorrer imperativamente na vespera do jogo que iria apitar do F. C. Porto. Mas a ser verdadeira essa tese, de que o arbitro Augusto Duarte se dirigiu a casa do presidente portista, porque necessitava de aconselhamentos matrimoniais, então nesse caso, o contacto telefónico a solicitar esse tal encontro não devia ter partido, obrigatóriamente do arbitro Augusto Duarte?
Porque será que o António Araújo em conluio com o Pinto da Costa, ligam ao Augusto Duarte para lhe dizer que necessitavam de se encontrar com ele, quando quem supostamente necessitava de conselhos matrimoniais era o Augusto Duarte?
É que em resultado dos factos conhecidos e provados, foi António Araújo que ligou ao arbitro Augusto Duarte no dia 16/04/2004 para agendar um jantar entre ele, o arbitro Augusto Duarte e o presidente Pinto da Costa (ponto 6). Augusto Duarte começou por declinar o convite para o jantar no dia 16/04/2004, porque nesse dia teria de estar presente num curso de árbitros, Augusto Duarte sugeriu então, almoçar, ao que Augusto Duarte torceu o nariz por ser "muito para o clarão" para o encontro com o "número um", ao que o António Araújo contrapôs que "não porque, nós a seguir vamos ver uma casa". Combinaram então almoçar no dia seguinte e António Araújo informou ao Pinto da Costa que o encontro ficaria, então marcado para o dia 17/04/2004. Em 17/04/2004 António Araújo confirmou ao Pinto da Costa que conseguiu convencer o arbitro Augusto Duarte a encontrar-se com ele na casa do Pinto da Costa entre as 22h00 e 22h30. No dia 17/04/2004 pelas 22h30 António Araújo e Augusto Duarte, chegaram a casa do Pinto da Costa na viatura do António Araújo e foram recebidos à porta da sua casa pelo próprio Pinto da Costa e pela sua companheira Carolina Salgado. Factos comprovados pelos inspectores da PJ que informaram que António Araújo e Augusto Duarte só sairam dessa casa por volta das 23h45 do dia 17/04/2004.
É inadmissível que na vespera de um jogo que irá dirigir, um arbitro da Liga Portuguesa de Futebol se reuna durante mais de 1 hora na casa do presidente do clube, cujo jogo irá arbitrar e que isso seja tolerável pelos juizes do CJ.
Algum adepto de futebol aceitaria assistir jogos de uma liga profissional em que é permitido aos presidentes dos clubes convidar aos arbitros para um encontro no recato da sua casa na vespera do jogo a arbitrar?
Com os factos que são públicos e já devidamente comprovados esta nova sentença em que se conclui pelo arquivamento do processo disciplinar pelo crime de corrupção, envergonha todos os agentes desportivos e todos os responsáveis pelo futebol português. Tudo é tolerável e nada se faz para defender a verdade desportiva e direito dos adeptos em assistir espectáculos não desvirtuados.
Depois de ter conhecimento disto tudo, a personagem que o CJ considera ser de pouca credibilidade é a Carolina Salgado! Já Pinto da Costa e o Augusto Duarte, aparentemente merecem louvores pelos bons serviços que prestaram ao futebol português! Conseguiram mesmo convencer, estes supostos juizes que compõem o CJ, de que o encontro que tiveram na casa do Pinto da Costa foi simplesmente por causa de conselhos matrimoniais. Como estes juizes podem ser tão crentes na bondade humana, ao ponto de acreditar na justificação dos conselhos matrimoniais, permitindo que um presidente de um clube possa receber um arbitro no seu própio recato do lar na vespera do jogo dessa equipa.
Se esses juizes gostassem realmente de futebol saberiam que nenhum adepto quer ver jogos arbitrados por individuos que na vespera são visitas de casa do presidente do clube que vai arbitrar.
2 comentários:
Perante isto vale tudo no futebol português, mas tudo mesmo! A época passada isso ficou á vista de todos.
A Justiça Portuguesa, na maioria dos casos, é uma trampa!!!
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