Novos tempos dispensavam velhos métodos. Pizzi e Danilo

Antes do seu jogo fica muito mal ao F. C. Porto, pedir que o Pizzi seja castigado. Passa até a ideia que tem receio de jogar contra os melhor jogadores do rival. Fica mal ao clube e fica mal ao OJOGO tão declarada procura de vantagem competitiva/arbitral para o F. C. Porto.

Esteve mal a comunicação do F. C. Porto, ao tentar fazer pressão através do seu jornal oficial OJOGO, ao tentar condicionar as decisões arbitrais antes do jogo e logo de uma forma em que toda a gente percebe exactamente que esta a procura de vantagens competitivas para o confronto direto com o rival na luta pelo titulo de campeão nacional. Esteve mal a comunicação do F. C. Porto, como estaria mal a do Benfica, se há poucos dias do confronto directo com o seu rival na luta pelo titulo nacional, viesse a publico exigir que o processo aberto ao Danilo fosse decidido na próxima reunião do Conselho de Disciplina, pois obviamente ficaria evidente com essa posição pública que o Benfica estava claramente a procura de obter vantagens competitivas sobre o rival, tentando evitar defrontar os melhores jogadores do rival. Essa atitutde não era de uma equipa que efectivamente quer provar que é a melhor deste campeonato.

Todos os adeptos de futebol que tem acompanhado este campeonato sabem que:

• Dava muito jeito ao F. C. Porto, que o Pizzi não pudesse jogar neste clássico, que é o jogo mais importante do ano, uma vez que tem sido claramente o melhor elemento do meio campo encarnado.
• Dava muito jeito ao Benfica, que o Danilo não pudesse jogar no clássico mais importante do ano, uma vez que tem sido claramente o melhor elemento do meio campo azul.

Até é aceitável que um mero adepto possa defender publicamente que o Pizzi ou o Danilo devia ficar empedido de jogar o próximo clássico como aqui foi feito, agora é inaceitável que tal possa ser feito por publicamente um dirigente ou responsável pela comunicação oficial de um clube com as responsabilidades de um Benfica ou F. C. Porto.

Obviamente que se o Pizzi, o Danilo, ou qualquer outro jogador cometer uma falta grave que ponha em risco a integridade fisica do adversário ou que tenha um comportamento muito desreipeituoso para com um arbitro como a que o Danilo teve, deve ser penalizado por isso, recebendo o respectivo cartão e cumprindo o castigo no jogo seguinte como é normal. Agora não se pode é tentar retirar as melhores armas as adversário, só porque nos interessa competir usufruindo de uma vantagem competitiva. Para que conste, consultando o zerozero vemos que Pizzi e Danilo são dos jogadores mais importantes neste campeonato, pois os 11 jogadores com melhores desempenhos pontuais na época 2016/17 são:

1. Pizzi, esta a ser o jogador com melhor rendimento pontual deste campeonato, já participou na conquista de 63 pontos da sua equipa neste campeonato. 
2. Casillas, que já participou na conquista de 62 pontos da sua equipa neste campeonato. 
3. Marcano, que já participou na conquista de 61 pontos da sua equipa neste campeonato. 
4. Lindelof, que já participou na conquista de 60 pontos da sua equipa neste campeonato.
5. Filipe, que já participou na conquista de 59 pontos da sua equipa neste campeonato.
6. André Silva, que já participou na conquista de 59 pontos da sua equipa neste campeonato. 
7. Nelson Semedo, que já participou na conquista de 57 pontos da sua equipa neste campeonato.
8. Oliver Torres, que já participou na conquista de 56 pontos da sua equipa neste campeonato.
9. Diogo Jota, que já participou na conquista de 55 pontos da sua equipa neste campeonato.
10. Sálvio que já participou na conquista de 54 pontos da sua equipa neste campeonato. 
11. Danilo, que já participou na conquista de 54 pontos da sua equipa neste campeonato.

Todos sabem, ou se não sabem deviam saber que, neste campeonato, o F. C. Porto leva já uma grande vantagem, nas condições arbitrais em que competiu em relação aos seus rivais, pois:

• O F. C. Porto já beneficiou de 6 penaltis assinalados a seu favor (sendo que 5 deles foram assinalados ainda com o jogo empatado!), enquanto que o Benfica do total de 4 penaltis assinalados a seu favor que usufruiu, apenas 1 desses penaltis foi assinalado ainda com o jogo empatado. Todos sabemos que converter o golo de vantagem no marcador é o mais dificil de conseguir em qualquer jogo, então para os candidatos ao titulo é mais significativo ainda, pois naturalmente os adversários não tem grandes recursos para inverter esses resultados após sofrerem um golo. 
• Neste campeonato 2016/17, o Benfica ainda não beneficiou de nenhum minuto de superioridade numérica em tempo útil de jogo, enquanto que o F. C. Porto já beneficiou em 9 jogos dos adversários serem obrigados a jogar durante 298 minutos no total com apenas 10 jogadores. O Benfica jogou em inferioridade númerica durante 49 minutos enquanto o F. C. Porto ainda não jogou em inferioridade númerica neste campeonato, pois quando o Maxi foi expulso aos 82 minutos no jogo contra o Boavista, já o Boavista jogava apenas com 10 jogadores por abandono do campo por lesão do defesa central, isto, uma vez que o clube já havia esgotado as 3 expulsões nesse jogo.

Alguém com falta de atenção em relação aos dados estatísticos, até pode pensar que as condições arbitrais acima referidas não reflectem, uma vantagem competitiva  assim tão grande do F. C. Porto em relação ao Benfica, no que respeita as decisões arbitrais nas 25 jornadas já disputadas. Por isso especialmente para os mais desatentos e também para os que querem fazer crer que se deve neglegenciar a influência das questões arbitrais no rendimento desportivo dos clubes, vou só dar de seguida um exemplo simples, que julgo que será bem esclarecedor.

O exemplo é o seguinte, escrito em itálico:
«Imaginem que o Benfica e o F. C. Porto chegam ao fim do campeonato, usufruindo exactamente das mesmas condições arbitrais relevantes, ou seja usufruindo de 5 penaltis assinalados a seu favor ainda com o jogo empatado, usufruindo de 298 minutos jogados em superioridade númerica e jogando 49 minutos em inferioridade nomérica. 
Para que tal aconteça até ao final do campeonato, o Benfica teria de jogar 33 minutos em superioridade númerica em média, em cada um desses 9 jogos que faltam disputar, além de usufruir de mais 4 penaltis favoráveis assinalado ainda com o jogo empatado, isto partindo do princípio que o F. C. Porto não iria ter mais nenhum penalti assinalado a seu favor enquanto o jogo se encontrar empatado e também iria ter de jogar 49 minutos em inferioridade numérica. 
Conhecendo o que são as qualidades dos jogadores que compõem os 2 plantéis em competição por este campeonato, seguramente já consegueria dizer qual dos 2 clubes teria melhores condições para disputar os 9 jogos que faltam para completar o campeonato? 
Conclusão, terminando o Benfica e o F. C. Porto, os 34 jogos do campeonato com esses mesmos 5 penaltis assinalados a seu favor ainda com o jogo empatado, os mesmos 298 minutos jogados em superioridade numérica e os mesmos 49 minutos jogados em inferioridade númerica, o campeão seria o ............... »

Sim, diga lá qual é clube que seria campeão nessas mesmas condições arbitrais para os 2 clubes?

Penso que após o exemplo acima referido ficaste esclarecido quanto ao efeito potencial que as decisões arbitrais podem ter no rendimento desportivo das equipas. Jogar em média 33 minutos em superioridade numérica durante 9 jogos é uma vantagem muito grande em relação ao rival que não usufruiu de nenhum minuto em superioridade numérica! É uma grande vantagem!

Como vez, afinal, sempre se consegue ver vantagem competitiva em usufruir de mais penaltis e expulsões assinalados que o rival, quem aconpanha este blog a bastante tempo que reconhece que estatisticamente existe uma clara vantagem competitiva em usufruir de mais penaltis e expulsões.


Na realidade a generalidade dos adeptos de futebol, aqueles que gostam verdadeiramente de futebol, o que quer ver todos os Domingos, são os melhores jogadores em campo e principalmente num jogo que pode decidir qual é a melhor equipa portuguesa desta temporada, os adeptos esperam e merecem ver os melhores jogadores em campo. O estádio estará cheio, seguramente com o único objectivo de ver os melhores artistas do campeonato nacional a competir pela verdadeira glória que se pode obter no desporto, vencer os melhores adversários dentro do campo.

Este ano os adeptos já foram privados de assistir ao confronto na sua plenitude entre o F. C. Porto - Sporting, uma vez que Jorge Jesus teve que improvisar com a utilização do Palhinha no lugar do  William Carvalho. O Fábio Veríssimo ao retirar a possibilidade de William Carvalho estar presente no F. C. Porto - Sporting, numa falta sem nenhuma gravidade especial, demonstrou que ainda não tem experiência/qualidade suficiente para conseguir ser elemento neutral no jogo por maior que seja a pressão e o porquê de ser o arbitro que mais jogadores expulsou nesta temporada. Esse castigo ao William Carvalho prejudicou e muito o rendimento do Sporting contra o F. C. Porto, obrigando o clube a utilizar nesse importante jogo o jovem/inexperiente Palhinha, a quem covardemente alguns "experts" vieram depois tentar imputar toda a responsabilidade pela derrota. Essa decisão arbitral acabou constituindo uma grande vantagem competitiva ao F. C. Porto, todos sabemos que nesta temporada, o Sporting não está preparado para verdadeiramente competir sem William Carvalho, como o F. C. Porto não está preparado para verdadeiramente competir sem o Danilo ou o Benfica não está preparado para verdadeiramente competir sem o Pizzi em campo. E os adeptos merecem assistir a uma verdadeira competitividade nos relvados nacionais pelo titulo nacional, só assim, será possível consagrar verdadeiramente um campeão nesta época 2016/17.

Qualquer clube deve trabalhar para ser efetivamente melhor que o adversário, não deve explicitamente/publicamente tentar fazer de tudo para evitar que o adversário possa competir na máxima força. Usar a pressão/coacção aos árbitros no período que antecede os jogos importantes para obter vantagens competitivas, é algo que é contrário ao espirito desporto. Basicamente é expressamente pretender fazer batota, desvirtuar a competição para tentar ter vantagem competitivas.

O legitímo é tentar ganhar com as mesmas regras do adversário, é tentar obter a glória de ser o melhor dos melhores, de ser um verdadeiro campeão. Qualquer clube, mais do que vencer a qualquer preço, deve procurar a gloria e essa não se obtem com a procura de obter vantagens competitivas arbitrais, mas sim sendo efectivamente melhor que o adversário. 
Que mérito existe em competir um campeonato inteiro contra apenas 10 jogadores?

Como disse ainda esta época, o Treinador do Tondela (Pepa), após um jogo em que a sua equipa foi penalizado indevidamente pelo Luis Ferreira com um penalti e uma expulsão na 1ª parte do jogo. Nessas circunstâncias arbitrais desiguais é como "manderem-nos para a guerra e retirarem-nos as armas", obviamente que nessas condições aos guerreiros adversários sendo os únicos a poderem utilizar as suas armas acabaram por vencer essa guerra, mas todos sabem que tal só foi possível porque competiram numa evidente vantagem competitiva. Logo ninguém algum dia reconhecerá as honras militares com que possam vir a agraciados nem nunca lhes será reconhecida a  gloria que é devida aos bravos/vitoriosos soldados que lutaram efectivamente com armas iguais aos seus adversários.