Terminada a época 2013/14, é chegado o momento de avaliar o rendimento do Benfica antes de qualquer decisão sobre com quem atacar a próxima época desportiva e com que objetivos. Começando pela equipa técnica, para sermos mais justos convêm analisar não só esta época do "TRIPLETE", mas sim todos os 5 anos de Jorge Jesus ao comando da equipa. Pois, pela lei dos grandes números, os dados agrupados de 5 épocas nos conseguem fornecer uma medida mais exata da efetiva capacidade do atual Benfica de Jorge Jesus.
Uma vez que, historicamente o objetivo do Benfica sempre será de obter o maior nº de vitórias possíveis, começaremos por comparar o dados destes últimos 5 anos, com o histórico geral de todos os tempos do Benfica e também com o rendimento médio do clube no seu período "glorioso" (anos em que contou com o contributo do seu melhor jogador de sempre, o Eusébio), pois este período deve ser tomado como o comportamento padrão de referência para a satisfação dos desejos dos adeptos.
Como nunca se consegue entender plenamente o presente sem conhecer o passado, vamos começar de um ponto de partida comparável, ou seja, dos 5 anos anteriores a entrada de Jorge Jesus. O Benfica obteve nesse período, 53% de vitorias, 25% de empates e 22% de derrotas, uma vez que disputou 241 jogos oficiais e obteve 129 vitorias, 60 empates e 52 derrotas. Após a entrada do Jorge Jesus como treinador, fruto da melhoria do desempenho médio da equipa aumentou-se o numero de jogos em que participou de 241 para 272, ou seja, no mesmo período de 5 anos aumentaram-se as vitorias para 190 (+61 vitorias!) e diminuíram-se as derrotas para 38 (-14 derrotas!). Assim sendo, os números estatísticos da equipa comprovam claramente melhorias, mas nalgumas almas subsistem ainda dúvidas, quanto aos méritos deste treinador para levar o Benfica ao sucesso desportivo de forma sustentada e permitir ao clube retomar a hegemonia no futebol português.
AS ÚLTIMAS 5 ÉPOCAS DESPORTIVAS PERSPECTIVAM ALGUMA EVOLUÇÃO NO BENFICA? SIM, ninguém intelectualmente honesto consegue negar aquilo que é evidente para todos.
A questão que se põe neste momento é: SERÁ JORGE JESUS O HOMEM CERTO PARA O BENFICA OU DEVE HAVER MUDANÇA NO COMANDO TECNICO DA EQUIPA?
Para que se possa racionalmente tomar uma decisão quanto ao treinador é necessário recorrermos aos números históricos, já que cada pode ser traduzido sempre numa vitoria, num empate ou numa derrota. Sendo que, as equipas com um maior número de vitórias e menor numero de derrotas são aqueles que demonstram estar melhor preparadas para alcançar o sucesso desportivo.
No quadro que se segue compara-se o atual Benfica com os outros que o precederam:
Dados estatísticos de sempre do Benfica VS Dados estatísticos dos últimos 5 anos
ANÁLISE AOS ÚLTIMOS 5 ANOS DO BENFICA (ERA JORGE JESUS), ALGUMAS CURIOSIDADES:
- O rendimento do Benfica de Jorge Jesus é superior ao rendimento médio de sempre do Benfica, uma vez que em média por cada 100 jogos este BENFICA ATUAL (JORGE JESUS)conquista mais 4 vitorias que a média do BENFICA DE SEMPRE e também o BENFICA ATUAL (JORGE JESUS) perde menos 2 jogos do que aqueles que o BENFICA MÉDIO DE SEMPRE perderia em 100 jogos.
- Em termos de jogos para as competições nacionais vemos que, em cada 100 jogos o BENFICA ATUAL (JORGE JESUS) ganha mais 7 jogos que o BENFICA MÉDIO DE SEMPRE e averbaria menos 3 derrotas que o BENFICA MÉDIO DE SEMPRE.
- Em termos de jogos para as competições internacionais vemos que, em cada 100 jogos o BENFICA ATUAL (JORGE JESUS) ganha mais 6 jogos que o BENFICA MÉDIO DE SEMPRE e averbaria menos 5 derrotas que o BENFICA MÉDIO DE SEMPRE.
- Este BENFICA ATUAL das últimas 5 épocas apesar dos bons números que apresenta ainda revela um rendimento inferior ao "glorioso" BENFICA DOS 15 ANOS DA ERA EUSÉBIO. Estatisticamente, em 100 jogos o BENFICA DA ERA JORGE JESUS conquistaria menos 2 vitórias e sofreria mais 1 derrota que o BENFICA DA ERA EUSÉBIO. Nos próximos anos existe ainda alguma margem para este BENFICA ATUAL melhorar, de modo a atingir os números de excelência já produzidos internamente no universo Benfica.
Como nem só o passado se deve conhecer, convém também olhar para os números atuais da concorrência, para aferirmos da real competitividade a que está sujeita este Benfica de Jorge Jesus.
Comparando com os números do seu maior rival em Portugal nestes últimos 5 anos temos o seguinte quadro detalhado por épocas, em que vemos que no ano de pior desempenho, o Benfica de Jorge Jesus somente venceu 65% dos jogos, enquanto que o F.C. Porto no seu pior ano apenas venceu 57% dos jogos. No seu 2º pior ano, o Benfica conquistou 66% de vitórias e o F.C. Porto conquistou 65% de vitorias nos jogos disputados.
O Benfica e o F.C. Porto nos últimos 5 anos tiveram um rendimento % médio muito similar, 70% vitórias, 16% empates e 14% derrotas, sendo que o Benfica disputou 272 partidas e o F.C. Porto 255 partidas. A grande diferença no números de jogos em que estas duas equipas efetuaram nestes 5 anos advém do Benfica ter disputado mais 18 jogos internacionais que o F.C. Porto, em virtude de ter consentido nesses jogos apenas 24% de derrotas, quando o F.C. Porto consentiu 30% de derrotas com árbitros estrangeiros.
Constata-se que nas competições nacionais nos últimos 5 anos o Benfica e o F.C. Porto tem conquistado mais ou menos a mesma % de vitorias (76%) e derrotas (11%). O campeonato nacional representa 150 jogos dos 200 jogos nacionais que o Benfica disputou nas últimas 5 épocas e podemos confirmar que nesse mesmo nº de jogos o F.C. Porto competiu em melhores condições arbitrais, uma vez que, beneficiou de mais 10 penaltis a favor e 1 expulsão a favor que o Benfica, conforme se pode ver no quadro que se segue, em que constam o nº total de decisões arbitrais favoráveis e desfavoráveis aos 4 candidatos ao titulo. Nas mesmas condições arbitrais nas competições nacionais seria possível a este Benfica de Jorge Jesus obter melhores resultados que o F.C. Porto atual. Aqui está o quadro discriminativo das condições arbitrais em que foram disputadas os 150 jogos do campeonato, em que todos os pontos acrescentados após uma expulsão ou diretamente por um último golo de penalti são classificados como PONTOS ACRESCENTADOS COM INFLUÊNCIA ARBITRAL DIRETA.
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