A dificuldade em encontrar um reforço para a posição de defesa-direito

Esta tem sido a maior dificuldade que os dirigentes do Benfica tem revelado nas últimas épocas, o último jogador contratado que se fixou no lugar foi há 13 épocas atrás e Maxi Pereira já saiu do plantel há 5 anos. Apesar de identificada a necessidade não tem sido colmatada, incompreensível!
Todos os planteis tem de ter 2 jogadores a lutar por um lugar na equipa (nº2 não foge a regra). 
Corchia, terminado o empréstimo abandonou a equipa, sem deixar saudades aos adeptos Benfiquistas, tal como já tinha acontecido com o Douglas no ano anterior, provavelmente acontecerá o mesmo se persistirem em emprestar novamente um excedentário que outro clube queira despachar, em vez de escolher um a contratar e investir dentro das posses do clube (até 10 M€ é possível ter um bom nº2).
Ebuehi depois de uma época inteira parado por lesão, neste momento necessita de competir com regularidade para poder estar na próxima época em condições de lutar por um lugar nos 2 defesas-direitos do plantel final de uma equipa com os objectivos desportivos pelos quais o Benfica luta.
André Almeida aos 28 anos, neste momento encontra-se a recuperar de uma lesão contraída no final da época passada, em que pela importância dos jogos na recta final do campeonato e pela falta de um substituto competente para o lugar viu-se obrigado a jogar lesionado. Nesta época 2019/20 iniciou a sua 9ª ao serviço do Benfica, é um valor seguro, mas o Benfica necessita de ter competitividade no plantel em todas as posições e o André Almeida tem de ter concorrência para o lugar de defesa-direito.

Não é compreensível que há uma semana do início do 1º jogo oficial ainda não tenha sido contratado o novo defesa-direito em falta no plantel do Benfica, é uma lacuna no plantel que já dura há 5 temporadas! O treinador, Bruno Lage, no ano passado já demonstrou que não tinha ninguém que lhe desse garantias de fazer o lugar do André Almeida no 11 titular, não existe um concorrente competente nem no plantel principal nem no plantel da equipa B. Se na base existisse algum jogador com potencial para ser o nº2 do Benfica já nesta temporada, Bruno Lage já o teria chamado a equipa principal. Os dirigentes devem assumir de vez, que têm de investir num defesa-direito, têm de confiar no treinador que escolheram, pois se esse treinador foi capaz de apostar no Ferro, Florentino e Jota também seria capaz de promover um jovem da equipa B se houvesse algum defesa-direito que reunisse condições para ter sucesso  neste momento. Convêm que os dirigentes não se esqueçam que, a aposta na formação está interligado com o objectivo de proporcionar aproximadamente 80 jogos na equipa B para que quando os jogadores sejam promovidos a equipa principal estejam preparados para responder ao nível do que se exige numa grande equipa como o Benfica. Só assim, não se perdem jovens activos como o João Pereira ou como sucederá a Ebuehi ou a João Ferreira se não se contratar um defesa direito esta temporada.

O Benfica é um clube de futebol, mais do que gerar mais valias com a venda de passes de jogadores o objectivo máximo do clube é ter condições desportivas para obter títulos nacionais e internacionais.
Desde a saída do Maxi Pereira há 5 épocas atrás, ainda não conseguiu contratar um novo nº2 competente para o Benfica, ou seja passou o defeso de 2015, o de 2016, o de 2017, o de 2018 e agora o de 2019 e o reforço acertado num defesa-direito continua por fazer. Bruno Lage, pelo que já demonstrou no Benfica, não merece a traição de ter que ser obrigado a remendar a lateral direita com um jovem lateral esquerdo, que esta a iniciar a sua carreira (Nuno Tavares). Nem este jovem, Nuno Tavares de 19 anos merece que lhe hipotequem as possibilidades de ter sucesso na carreira, obrigado-o a desempenhar uma posição que claramente não é a sua logo no seu primeiro ano de sénior, ainda sem ter qualquer jogo feito pela equipa B sequer, ou seja sem nenhuma experiência profissional. A direcção devia contratar um novo defesa-direito e preservar o normal desenvolvimento de um potencial grande defesa-esquerdo que é o Nuno Tavares, não vale a pena correr o risco de não ter um defesa-direito competente e perder um potencial bom defesa-esquerdo. Quantos defesas-esquerdos de elite que conhecem, também conseguiram triunfar quando foram aposta como defesa-direito? Pois,... o treinador já demonstrou que é necessário contratar um defesa-direito, os miúdos de 19 anos precisam de crescer tranquilamente na equipa B, não com a pressão da equipa principal.

Financeiramente. os números demonstram que desde 2015/16 até hoje 26/07/2019, o Benfica é o clube com um saldo mais favorável no que toca a transacções de passes de jogadores do mundo, são 403,24 M€ de saldo positivo desde a saída do Maxi Pereira em 31/07/2015 até ao dia de hoje. A 2ª e 3ª melhor equipa no mercado de transferência nestas 5 épocas, é o Mónaco com um saldo positivo de 348 M€ e o Ajax com um saldo positivo de 195,1 M€. Nesse mesmo período, a 5ª melhor é o F. C. Porto, que teve um saldo positivo acumulado de 179,16 M€ nas últimas 5 épocas, logo não faz sentido não investir em aquisições de novos jogadores quando a desproporção nestas últimas 5 épocas entre as 2 principais equipas portuguesas é de 179,16 M€ para 403,24 M€. É mais do dobro!
Será que não se consegue ninguém por 10 M€ ou não há interesse em reforçar a lateral direita?
É inaceitável que um clube que obtenha um LUCRO de mais de 403 M€ com transacções de atletas nas últimas 5 épocas, não tenha conseguido nesse mesmo período contratar nenhum defesa-direito suficientemente competente para que no final da época, o treinador o possa eleger para representar o Benfica na época seguinte. 

Este é o quadro com as equipas com maior lucro acumulado desde 2015/16 até hoje 26/07/2019.

Estes dados apresentados no quadro acima, são o acumulado de Julho de 2015 a Julho de 2019, período de 5 anos em que o Benfica investiu 141,76 M€ e o F. C. Porto 172,4 M€, ou seja, o Benfica se investisse mais 30 M€ (20 M€ num nº10 e 10 M€ num nº2), estaria a investir aproximadamente os mesmos 172 M€ que o seu rival investiu nestas últimas 5 épocas. Não será possível aos dirigentes do Benfica fazer esse esforço (investir mais 30 M€) para melhorar o plantel para 2019/20? Os adeptos e o Bruno Lage mereciam ter um melhor plantel de forma a garantir melhor desempenho.

Antes do inicio dos dados acumulados no quadro em cima, no final da época 2014/15, Benfica perdeu o lateral direito titular (Maxi Pereira),  que aos 31 anos se encontrava em final de contrato, abandonando o clube depois de o ter representado durante 8 temporadas (333 jogos realizados e 23 golos marcados). Apesar de imensa polémica de ter ido reforçar o grande rival do Benfica na luta pelos últimos títulos, a direcção do clube manteve-se firme no seu objectivo, de preencher essa lacuna no plantel principal com um jovem oriundo da equipa B (Nelson Semedo cujo potencial era sobejamente conhecido no clube, uma vez que realizou 66 jogos pela equipa B e já tinha nessa altura 21 anos), nessa sua época de estreia acaba realizando 18 jogos pela equipa principal, foram poucos jogos também em virtude da lesão que sofreu, que o obrigou a ficar parado 3 meses e meio. Na sua 2ª temporada (época 2016/17), Nelson Semedo já com 22 anos comprovou todas as expectativas que haviam sido depositadas nele, fez uma grande temporada ao ponto do final dessa época ter sido transaccionado por 35 M€ + 5 M€ por cada 50 jogos realizados pelo Barcelona. Infelizmente esta tão rápida passagem de um novo nº2 no Benfica, mesmo sendo financeiramente positiva para o clube, desportivamente foi péssima, uma vez que, para a sua substituição decidiu-se recorrer a outro jovem cuja formação também tinha sido feita no Benfica (Pedro Pereira contratado aos 19 anos e com apenas 21 jogos realizados como sénior na Sampdoria). Claramente o peso da camisola se fez sentir em tão jovem jogador, não permitiu a sua permanência no plantel final após temerários desempenhos nessa pré-época, tendo sido dispensado e o clube por recurso teve de recorrer ao empréstimo do Douglas no encerramento do Mercado em 31/08/2017. Desportivamente claramente o clube não conseguiu substituir devidamente o lugar do Nelson Semedo no plantel e pagou muito caro por isso, com a seu pior desempenho de sempre na LC além de perder o tão ambicionado pentacampeonato. Na época seguinte o clube também novamente não conseguiu identificar e contratar um defesa-direito competente, acabou no final do defeso por recorrer ao Corchia por empréstimo. Será assim tão difícil para o Scounting do Benfica indicar um defesa-direito merecedor de um investimento comportável para o Benfica? Esse investimento é o exigível quando claramente os jovens da base com potencial para representar o Benfica ainda estão muito longe de poderem ter 80 jogos realizados pela equipa B, de modo a serem apostas menos arriscadas, pois já comprovaram ter as condições físicas e técnicas para aproveitar a oportunidade.

O Benfica neste defeso, depois de ter contratado o avançado goleador para o lugar do Jonas, apenas tinha a obrigação de contratar um segundo avançado (nº10) para substituir o João Félix, um defesa-direito para substituir o Corchia e um guarda-redes para substituir o Svilar que necessita de ser emprestado para poder evoluir competindo dada a sua tenra idade. Não é aceitável iniciar as competições oficiais sem ter 2 destas 3 posições já reforçadas, pois como se pode ver no quadro acima, não é por dificuldades financeiras que estas posições não são reforçadas pelos dirigentes Benfiquistas. É assim tão difícil dar ao treinador uma real opção para defesa-direito? Esse jogador sendo competente permitiria ao Benfica aumentar as sua hipóteses de amealhar mais prémios financeiros na LC, além de ser desportivamente uma mais-valia para o Benfica.