As nomeações do arbitro e o rendimento médio do clube com esse arbitro

Estamos prestes a entrar no último terço do campeonato e é cada vez mais importante conhecermos melhor os árbitros nomeados pelo Conselho de Arbitragem liderado pelo Fontelas Gomes.

Os 6 árbitros com mais jogos do Benfica realizados nestas últimas 11 épocas, são: 

1. Artur Soares Dias  com 29 jogos, (Arbitro da A. F. Porto, já foi nomeado para 5 clássicos).
2. Jorge Sousa com 23 jogos, (Arbitro da A. F. Porto, já foi nomeado para 5 clássicos)
3. Rui Costa com 20 jogos(Arbitro da A. F. Porto, já foi nomeado para 1 clássico Porto-Benfica).
4. Carlos Xistra com 19 jogos, (Arbitro da A. F. Castelo Branco, já foi nomeado para 1 clássico).
5. Hugo Miguel com 17 jogos (Arbitro da A. F. Lisboa, ainda não foi nomeado para o clássico).
6. João Capela com 15 jogos (Arbitro da A. F. Lisboa, ainda não foi nomeado para o clássico). O facto de os 2 árbitros de Lisboa mais vezes nomeados para jogos do Benfica, ainda não terem sido nomeados para nenhum confronto directo entre o Benfica e o F. C. Porto no campeonato, apesar de serem árbitros internacionais ,é justificável pela questão do critério regional. Compreensível, o desejo do Conselho de Arbitragem em não colocar o F. C. Porto a competir em desvantagem arbitral nesses jogos, pois como seria expectável, constata-se que nas últimas 11 épocas, o rendimento médio do Benfica é superior ao do F. C. Porto nos jogos arbitrados pelos Lisboetas Hugo Miguel (+4%) e João Capela (+18%), mas incompreensivelmente o Conselho de Arbitragem não segue o mesmo critério de protecção desses efeitos regionais nefastos, obrigando o Benfica a ter que tolerar a nomeação do Artur Soares Dias em 5 confrontos directos com o F. C. Porto e o Jorge Sousa em 5, pois com estes 2 árbitros Portuenses, nas últimas 11 épocas o rendimento médio geral do F. C. Porto foi bastante superior ao do Benfica (+14,2% Artur Soares Dias e Jorge Sousa +15%)! Estas grandes diferenças no rendimento de 2 equipas que nesses 338 jogos com todos os árbitros obtiveram um rendimento médio muito semelhante, conquistaram em média 80% dos pontos disputados, é uma consequência directa do facto de normalmente os árbitros demonstrarem uma grande relutância em tomar decisões arbitrais relevantes desfavoráveis aos clubes da sua própria Associação (o condicionamento regional é um facto comprovável empiricamente e estatisticamente, quer o Artur Soares Dias, o Jorge Sousa e Rui Costa já assinalaram mais penaltis desfavoráveis ao Benfica do que foram capazes de assinalar desfavoráveis ao F. C. Porto). Por isso, estranha-se que os 3 árbitros mais vezes nomeados para jogos do Benfica nas últimas 11 épocas tenham sido árbitros da A. F. Porto, associação a que pertence o F. C. Porto (o principal rival do Benfica), sabendo nós que, nas últimas épocas os títulos de campeão tem sido ganhos pelo Benfica ou pelo seu grande rival F. C. Porto. É o Conselho de Arbitragem (Fontelas Gomes) quem decide as condições arbitrais em que decorre a Liga,  mas será que realmente quer/consegue garantir equidade entre as equipas que lutam pelos troféus?

Como sabem neste blog temos os dados estatísticos gerais de cada um dos 4 candidatos ao título e também os dados específicos dos clubes com cada um dos árbitros nos últimos 11 campeonatos. No acumulado destas 11 épocas constatámos que existem dois clubes que claramente dominam a Liga Portuguesa (Benfica e F. C. Porto), tendo repartido igualitariamente entre si os últimos 10 títulos de campeão atribuídos (5 para cada equipa) e novamente está época são os 2 clubes melhor colocados na corrida  pelo título de campeão, apesar de à 22 jornada da época 2018/19 ainda termos 4 clubes com aspirações de chegar ao título.

Benfica e F. C. Porto são 2 clubes com o rendimento médio muito similar nestas últimas 11 épocas, conquistam em média 80% dos pontos possíveis nesses 338 jogos, tendo o F. C. Porto usufruído de 90 penaltis favoráveis e o Benfica de 86. Nesse mesmo período, os árbitros também foram capazes de punir estes clubes algumas vezes, no total foram assinalados 31 penaltis desfavoráveis ao Benfica (7 deles assinalados pelo Artur Soares Dias) e 26 penaltis desfavoráveis ao F. C. Porto (nenhum arbitro foi capaz de assinalar mais do que 2 penaltis desfavoráveis ao F. C. Porto nestas últimas 11 épocas)!

O campeonato é actualmente de 34 jornadas, mas na maioria das últimas 11 épocas, foi de 30 jornadas, em que o F. C. Porto conquistou em média 80% dos pontos. Rendimento geral do clube que é similar ao do Benfica nessas últimas 11 épocas, convêm ter presente que por cada campeonato, o F. C. Porto apenas realiza 6 jogos realmente difíceis, (contra os outros 3 candidatos ao titulo, Benfica, Sporting e o Braga). Para estes jogos difíceis, são nomeados os árbitros internacionais, a maioria dos jogos dos candidatos são arbitrados por esses árbitros.

É incrível como, nas últimas 11 épocas, o Benfica tem um saldo de 7 penaltis favoráveis com esses 6 árbitros e o F. C. Porto usufruiu de um saldo de 30 penaltis favoráveis nos jogos arbitrados por estes 6 árbitros mais vezes nomeados para os seus jogos. 30 penaltis para uns e 7 para o rival! Incrível! Mas é a realidade dos números nua e crua, meus amigos! Eis os dados estatísticos dos 6 árbitros mais vezes nomeados, para jogos do F. C. Porto nas últimas 11 épocas e o comparativo dos penaltis assinalados por esses árbitros nos jogos do F. C. Porto e do Benfica também. Além de comparar o rendimento médio de cada um dos clubes com esses árbitros.

    
 Dos 6 árbitros com mais jogos do F. C. Porto realizados nestas últimas 11 épocas, o F. C. Porto aó não é a equipa com melhor rendimento médio com 2 deles (os 2 são da A. F. Lisboa). Em jeito de conclusão podemos constatar que os 6 árbitros mais vezes nomeados para jogos do F. C. Porto foram pela seguinte ordem o: 

1. Carlos Xistra com 28 jogos, arbitro com o qual o F. C. Porto é o clube com melhor rendimento médio em Portugal, conquista em média 85% dos pontos disputados, rendimento que é até superior o rendimento médio geral do clube com todos os árbitros (80%), o que é estranho! Só o Conselho de Arbitragem consegue explicar o porquê de ser o arbitro mais vezes nomeado para jogos do F. C. Porto e como um clube consegue um rendimento superior ao seu rendimento médio geral com um arbitro internacional, daqueles que em princípio é nomeado para os jogos mais difíceis dos candidatos ao título. Tem um saldo favorável ao F. C. Porto de 5 penaltis assinalados em beneficio do clube, o que ajuda o rendimento desportivo do clube como é compreensível. O Benfica apenas consegue conquistar 72% dos pontos nos jogos arbitrados pelo Carlos Xistra, logo é clara a equipa que prefere a nomeação de Carlos Xistra entre estes 2 candidatos ao título.
2. Hugo Miguel com 24 jogos, arbitro com o qual o F. C. Porto conquista em média 81% dos pontos disputados, rendimento que é até superior o rendimento médio geral do clube com todos os árbitros (80%), o que é estranho atendendo ao facto de ser um arbitro da A. F. Lisboa (Associação com 2 clubes que lutam pelos mesmos objectivos que o F. C. Porto). É um internacional e já foi nomeado para 2 jogos do F. C. Porto contra o Sporting e 2 contra o Braga mas nenhum contra o Benfica! Apesar de ser de Lisboa, já assinalou 2 penaltis desfavoráveis ao Benfica e apenas 1 desfavorável ao F. C. Porto, mas ambos os clubes usufruíram na competição de um saldo favorável de 5 penaltis a seu favor nos jogos arbitrados por Hugo Miguel e é também por isso que o rendimento médio dos 2 clubes foi muito similar com este arbitro, uma vez que também não se detecta uma clara tendência arbitral no nº de penaltis que ele assinalou nos jogos dos dois clubes rivais envolvidos na disputa dos títulos.
3. Artur Soares Dias  com 23 jogos, arbitro com o qual o F. C. Porto é o clube com melhor rendimento médio em Portugal, conquista em média 80% dos pontos disputados, ou seja mantém o mesmo rendimento médio do clube, apesar de nesses 23 jogos arbitrados pelo Artur Soares Dias estarem incluídos 5 confrontos directos contra o Benfica, 5 jogos contra o Sporting e 3 contra o Braga, ou seja 13 dos 23 jogos foram contra outros candidatos! É obra, o F. C. Porto manter um rendimento tão elevado, mesmo tendo tido 13 jogos contra os rivais directos ao título nos 23 jogos arbitrados pelo Artur Soares Dias! É obra como ninguém no Conselho de Arbitragem repara que, os dados estatísticos demonstram cabalmente que algo não está bem no que toca a equidade arbitral que deve haver entre os candidatos ao título. Uma equipa que em média ganha 80% dos pontos no nosso campeonato, em condições normais nunca poderia manter o mesmo rendimento, caso metade dos jogos fossem contra os seus rivais directos (Benfica, Sporting e Braga). Ao acontecer, então, tem o Conselho de Arbitragem a obrigação de tentar compreender, porquê nos jogos arbitrados pelo Artur Soares Dias, o F. C. Porto tem um saldo favorável de 5 penaltis assinalados a seu favor e o Benfica tem um saldo desfavorável de 1 penalti assinalados! Alguém acredita que as infracções na área ocorrem assim de uma forma tão desproporcional, entre 2 clubes que têm apresentado um rendimento médio tão semelhante nestas últimas 11 épocas? Para que conste no acumulado das últimas 11 épocas, o Artur Soares Dias garante nos seus jogos que o rendimento médio do F. C. Porto é superior em 14,2% ao do Benfica, pois este apenas consegue conquistar 66% dos pontos possíveis nos jogos arbitrados pelo Artur Soares Dias.
4. Jorge Sousa com 21 jogos,  arbitro com o qual o F. C. Porto é o clube com melhor rendimento médio em Portugal, conquista em média 73% dos pontos disputados, apesar de nesses 21 jogos arbitrados pelo Artur Soares Dias incluírem 5 confrontos directos contra o Benfica, 3 jogos contra o Sporting e 1 contra o Braga, ou seja 9 dos 21 jogos foram contra outros candidatos! Para que conste no acumulado das últimas 11 épocas, o Jorge Sousa garante que o rendimento médio do F. C. Porto é superior em 15% ao do Benfica, pois o Benfica apenas consegue conquistar 58% dos pontos possíveis nos jogos arbitrados pelo Jorge Sousa. Aliás, aos olhos do Jorge Sousa, o desempenho do Benfica não foi o mais semelhante ao do F. C. Porto na nossa Liga, pois o Sporting foi a 2ª melhor equipa, o Braga a 3ª melhor e por último, aparece o Benfica que apenas conseguiu conquistar 58% dos pontos em disputa nos jogos arbitrados pelo Jorge Sousa. É obra, conseguir manter o Benfica com um rendimento tão baixo nas últimas 11 épocas, quando de entre todos os adversários em Portugal, o Benfica conquista em média 80% dos pontos e quando analisamos o rendimento do Benfica somente nos jogos contra cada um dos adversários em Portugal, constatamos que o Sporting foi o 2º clube mais difícil de ultrapassar para o Benfica e nesses 22 jogos contra o Sporting, o Benfica conquistou 41 pontos (62% dos pontos possíveis). Jorge Sousa é realmente um obstáculo para o Benfica! É um obstáculo superior ainda ao grande rival Sporting, ou seja, sempre que é nomeado Jorge Sousa para um jogo do Benfica, o adversário passa a ser mais difícil para Benfcia que o 2º clube mais difícil que o Benfica tem de enfrentar em Portugal. Os números não enganam! Será que ninguém vê estas anormalidades que os dados estatísticos demonstram na Liga? Oi, Conselho de Arbitragem! Alguém sabe porque o Jorge Sousa ainda só assinalou 1 penalti desfavorável ao F. C. Porto.
5. Pedro Proença com 16 jogos, arbitro da A. F. Lisboa com o qual o F. C. Porto é o clube com melhor rendimento médio em Portugal, conquista em média 71% dos pontos disputados, foi nomeado para 4 clássicos contra o Benfica, 3 jogos contra o Sporting e 4 contra o Braga, ou seja 11 dos 16 jogos foram contra os rivais directos. O 2º clube com melhor rendimento médio nos jogos arbitrados pelo Pedro Proença é o Sporting, que conquistou 46% dos pontos disputados e o 3º é o Benfica que conquistou 44% dos pontos possíveis! Só visto, o Benfica conquistou menos 27% dos pontos do que o F. C. Porto com a arbitragem do Pedro Proença. Este árbitro não viu nenhuma infracção na área do F. C. Porto, mas já foi capaz de nesses 16 jogos assinalar 6 penaltis favoráveis ao F. C. Porto (1 deles que valeu o empate 1-1 contra o Benfica, que viria mais tarde a valer um sumarísimo ao Lisandro por simulação que falseou a verdade desportiva e ainda outros 3 penaltis assinalados ainda com o jogo empatado).
6. João Capela com 16 jogos, arbitro com o qual, o rendimento médio do F. C. Porto (73%) é inferior ao do Benfica (91%) nas últimas 11 épocas, como seria expectável sendo ele um arbitro da A. F. Lisboa e não da A. F. Porto, mas tal também resulta essencialmente do facto do F. C. Porto ter desperdiçado 5 dos 7 penaltis favoráveis ao F. C. Porto que assinalou. A responsabilidade de converter os penaltis em golo não pode ser assacada aos árbitros, o certo é que o F. C. Porto só não conseguiu um melhor rendimento médio nos seus jogos, porque os seus jogadores desperdiçaram muito (2 penaltis assinalados com o jogo empatado e 3 penaltis assinalados com a equipa a perder apenas por 1 golo de diferença, estamos pois, a falar de acrescentar mais 7 pontos só sendo competente a converter grandes penalidades).

O F. C. Porto, com estes 6 árbitros usufruiu de um saldo de 30 penaltis favoráveis enquanto o Benfica no mesmo período de 11 épocas com os mesmos 6 árbitros, apenas usufruiu de um saldo de 7 penaltis favoráveis (saldo que vem basicamente do somatório dos dois árbitros de Lisboa, 5 Hugo Miguel e 2 João Capela). Os números totais das decisões efectivamente tomadas pelos 6 árbitros mais vezes nomeados para jogos do F. C. Porto, deixam transparecer que esses árbitros claramente favorecem o rendimento desportivo do F. C. Porto e prejudicam o rendimento desportivo do seu maior rival na luta pelos títulos, pois em média o F. C. Porto conquistou 78% dos pontos disputados nos jogos arbitrados por estes 6, enquanto que o Benfica nestes mesmos 11 anos, nos jogos arbitrados por estes 6 apenas conquistou 68% dos pontos disputados, rendimento médio do Benfica nesses 116 jogos foi muito inferior ao rendimento médio geral da equipa nos 338 jogos das últimas 11 épocas (80%).

O Conselho de Arbitragem sabe que quando nomeia Jorge Sousa, Artur Soares Dias ou Carlos Xistra, para um F. C .Porto-Benfica, está claramente a favorecer o rendimento desportivo do F. C. Porto em prejuízo do rendimento desportivo do Benfica, tal como sabe que quando nomeia o João Capela está claramente a favorecer o rendimento desportivo do Benfica em prejuízo do rendimento do F. C. Porto. Já no caso do Hugo Miguel não existe uma tendência estatística no número de decisões e rendimento histórico tão vincado que se possa afirmar que um dos clubes será claramente beneficiado com essa nomeação, tal como se encontra muitos árbitros com os quais os 2 clubes apresentam um rendimento histórico muito semelhante, ou seja que não demonstram um tendência arbitral tão evidente. Tudo isto, mesmo sem acesso aos dados estatísticos, sabem os adeptos de futebol e sabem os dirigentes da arbitragem em Portugal é preciso é vontade de ser equidistante.