Continuação da análise ao
critério das nomeações durante a época 2017/18.
Factos conhecidos
dos 4 candidatos ao título após 31 jornadas:
1º - O F. C. Porto com
79 pontos lidera o campeonato. O Conselho de Arbitragem
nomeou por 13 vezes, árbitros da A. F. Porto para jogos do F. C. Porto (4 desses jogos foram contra outras equipas da cidade, o Rio Ave, P. Ferreira, Aves e o
Boavista). Assim, o F. C. Porto usufruiu de 9 jogos em que competiu em
vantagem por ter um árbitro da sua própria Associação.
2º - O Benfica com 77
pontos, persegue neste momento um histórico Penta. O Conselho de Arbitragem
nomeou por 6 vezes, árbitros da A. F. Lisboa para jogos do Benfica (2 desses
jogos foram contra outras equipas de Lisboa, o Sporting e o Estoril). Assim, o
Benfica só usufruiu de 4 jogos em que que competiu em vantagem por ter um
árbitro da sua própria Associação.
3º - O Sporting tem
neste momento 74 pontos conquistados. O Conselho de Arbitragem nomeou por 8
vezes, árbitros da A. F. Lisboa para jogos do Sporting (2 desses jogos foram
contra outras equipas de Lisboa, o Sporting e o Estoril). Assim, o Sporting só
usufruiu de 6 jogos em que competiu em vantagem por ter um árbitro da sua
própria Associação.
4º - O Braga é neste
momento o 4º classificado com 71 pontos. Nesta época 2017/18, o Conselho de
Arbitragem só por uma vez designou um arbitro da A. F. Braga para os jogos do
Braga. Está visto, que o Braga dos 4 candidatos ao título, foi o que menos
usufruiu de benesses regionais por parte do C. A.
Sabemos que, nos
campeonatos anteriores, durante a presidência do Vitor Pereira no C. A., nunca tivemos nenhum clube, a ser arbitrado por mais de 10 vezes
por época, por elementos da sua própria Associação (nem F. C. Porto, nem sequer o Benfica ou Sporting numa altura em que Pedro Proença era nomeado para todos
os jogos importantes).
Durante a presidência do Fontelas Gomes, logo na 1ª época (2016/17), o C.A. concedeu ao F. C. Porto 12 nomeações de árbitros da A. F. Porto, mas tal também não chegou para ser campeão. Agora no 2º ano (2017/18), o C. A. já concedeu 13 nomeações de árbitros da A. F. Porto para jogos do F. C. Porto, tendo o último nomeado permitido o acesso a liderança na tabela a poucas jornadas do fim! Chega de nomeação de elementos da A. F. Porto para os jogos que vão difinir o campeão nacional. Já basta, o campeonato já está demasiado inquinado, Fontelas Gomes!
Eis o quadro resumo, do número de jogos árbitrados por elementos de Lisboa ou do Porto nas últimas 10 épocas, nos jogos do Benfica de um lado e nos jogos do F. C. Porto do outro.
Como se pode ver no quadro em cima, 10 jogos era o máximo estabelecido por época para
todos clubes, pois no máximo para jogos do Benfica tinham sido nomeados 10 vezes árbitros de Lisboa em 2011/12 e 2012/13, que na pratica correspondiam a 8 arbitragns favoráveis, pois 2 desses
10 jogos foram apitados pelo lisboeta Pedro Proença (que foi o maior
responsável pela vantagem do F. C. Porto em relação aos seus rivais Benfica e
Sporting nas últimas 10 épocas) e pelo mesmo critério, o máximo de nomeações
favoráveis ao F. C. Porto, também foram as 10 em 2014/15 ou 2013/149 seguido das 9 nomeações (7 árbitros da A. F. Porto+2 de Pedro
Proença em 2010/11 e o mesmo em 2013/14).
As perguntas que
se devem pôr aos elementos do C. A. (Fontelas Gomes) são:
- Porque será que, o F. C. Porto já teve por 13 vezes árbitros da A. F. Porto nos seus jogos nesta época 2017/18? Isso foi muito importante para o bom rendimento pontual do clube nesta temporada, é que desses 13 jogos, o F. C. Porto venceu 11 vezes e empatou 2 (só empatou uma vez com o seu grande rival Benfica e o Aves que também é da A. F. Porto). Ou seja, só não conseguiu aproveitar os 15 minutos em superioridade no Dragão para ganhar, só vitórias nos jogos arbitrados por elementos da A. F. Porto sempre que esteja em confronto com clubes das outras Associações de futebol.
- Será que o C. A. ainda cairá na tentação de nomear, o Super-Dragão Jorge Sousa para algum dos 3 jogos que faltam disputar ao F. C. Porto? Ainda resta alguma vergonha na cara deste C. A.! Os clubes merecem ser tratados com equidade. O Braga e o Benfica estão muito longe de usufruir das condições arbitrais oferecidas ao F. C. Porto, mas mesmo assim continuam suficientemente perto de serem uma das equipas a garantir a entrada na próxima edição da Champions (são 15 milhões € só de prémio de presença).
- Porque razão nesta época nas 31 jornadas decorridas, existem diferenças tão grandes nas condições arbitrais que são dadas aos clubes em competição? O Braga e o Benfica não mereceram sequer condições semelhantes às que o C. A. deu ao Sporting, quanto mais às que o F. C. Porto já usufruiu esta época 2017/18.
- Será que o facto, do Braga só ter tido 1 vez, um árbitro da A. F. Braga e o Sporting ter tido 8 vezes árbitros de Lisboa, em que empatou 1 com o também grande de Lisboa (Benfica) e venceu todos os restantes 7 jogos, é uma das razões pelo qual, o Sporting tem neste momento mais 3 pontos que o Braga neste campeonato 2017/18?
- Meus amigos, o Braga está a 8 pontos da liderança e perdeu os 4 jogos (12 pontos) disputados contra o F. C. Porto e o Benfica, sendo que nesses jogos grandes teve que levar com um árbitro de Lisboa e outro do Porto. Será que o Braga não teria condições de ser o campeão nacional de 2017/18, se tem usufruído de 2 árbitros favoráveis de Braga nos jogos contra o Benfica e também 1 arbitro de Braga na receção ao Sporting, como aconteceu com o Porto que teve Artur Soares Dias e Jorge Sousa nos 2 jogos contra o Benfica e Artur Soares Dias contra o Sporting?
Será que os dirigentes
da Arbitragem, tem noção que o local de residência faz diferença nas decisões
arbitrais? Serão assim tão incompetentes que não saibam isso?
O Benfica ter
sido obrigado, a levar com 2 árbitros da A. F. Porto nos 2 confrontos diretos
com o F. C. Porto, foi uma clara desvantagem para o Benfica.
Quando falamos
dos árbitros Artur Soares Dias ou o Jorge Sousa, estamos a falar dos 2
internacionais do Porto, logo tendencialmente as decisões serão mais favoráveis
ao clube da sua Associação, como se comprova estatisticamente.
- Nas últimas 10 épocas, nos jogos arbitrados pelo Artur Soares Dias, o F. C. Porto conquistou em média 79% dos pontos disputados, o Benfica conquistou 65%, o Sporting 61% e o Braga 56% dos pontos possíveis.
- Nas últimas 10 épocas, nos jogos arbitrados pelo Jorge Soua, o F. C. Porto conquistou em média 75% dos pontos disputados, o Sporting 75%, o Braga 64% e o Benfica conquistou 58% dos pontos possíveis. Aos olhos e com os critérios arbitrais do Jorge Sousa, o Benfica é dos 4 candidatos ao título, o que tem tido pior rendimento médio nas últimas 10 épocas, apesar de quando analisamos o desempenho médio dos clubes com todos os árbitros, ter sido o Benfica a apresentar, o melhor rendimento médio nesse mesmo período em análise de 313 jogos, em que o Benfica conquistou 750 pontos (80% dos pontos possíveis), o F. C. Porto 746 pontos, o Sporting, 636 pontos e o Braga 559 pontos.
Como ao
contrário, estaríamos a referir exatamente o mesmo, em relação aos
internacionais de Lisboa, se algum dia tivessem sido nomeados 9 vezes em 10,
para o clássico contra o F. C. Porto, o João Capela, Hugo Miguel ou Tiago
Martins. Referimos Benfica, tal como podia ser Sporting, é indiferente. Com
qualquer dos grandes de Lisboa, o F. C. Porto teria sempre piores
probabilidades de ter sucesso num confronto direto arbitrado pelos árbitros da
A. F. Lisboa. É a pressão social da vizinhança a funcionar, os árbitros que
insistem em contrariar essas regras sociais correm sérios riscos de desgraçarem
a sua vida, sofrerem agressões, terem os familiares constante ameaçados.
Os novos dentes
do Pedro Proença, o talho do Manuel Mota, o prédio vandalizado do Vasco Santos,
o restaurante dos pais do Jorge Ferreira, são a prova viva que a realidade é
como é, não adianta andarmos aqui a dourar a pilula.
O Conselho de
Arbitragem sabe perfeitamente desses constrangimentos regionais que tolhem os
árbitros, tanto é que, nunca vemos um arbitro da A. F. Madeira a apitar jogos
do Marítimo ou Nacional, 1 arbitro da A. F. Setúbal a arbitrar jogos do Vitória
de Setúbal, 1 Arbitro da A. F. Algarve a arbitrar jogos do Portimonense, 1
arbitro da A. F. Braga a arbitrar jogos do Braga, etc. Tem sido norma, evitar
colocar árbitros da Associação de um dos clubes oponentes a apitar os jogos.
Durante a presidência do Vitor Pereira no Conselho de Arbitragem nenhum clube
teve o privilégio de usufruir de mais de 10 nomeações de árbitros da sua
própria Associação para os seus jogos na mesma temporada.
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