Disputa entre o avançado e o guarda-redes: o clássico lance em que é protegido quem joga a bola e a falta é normalmente atribuida a quem só toca no adversário.

Mas não foi essa a decisão do Manuel Mota, quando ainda faltavam 20 minutos para serem jogados!
Ao Benfica aconteceu de tudo neste jogo contra o Portimonense, desde sofrer 2 auto-golos até sofrer a expulsão do seu melhor jogador num lance em que este é derrubado dentro da área.

Aos 70 minutos, Jonas chega primeiro a bola e a desvia do guarda-redes, com essa recepção orientada preparava-se para fazer um golo fácil, quando o guarda-redes atingi-o no pé derrubando-o, em vez do VAR assinalar a infração que sofreu, inacreditavelmente o VAR intervêm para aconselhar o Manuel Mota a exibir vermelho direto ao Jonas!

Neste tipo de lances sempre que o avançado chega primeiro a bola e só depois se dá o choque entre os dois, normalmente é assinalado uma grande penalidade, mesmo que todos cheguem a conclusão que o guarda-redes teve azar no lance ao ter chegado 1 segundo atrasado em relação ao avançado.
Como se pode ver na sequencia de imagens que se segue, Jonas é quem desvia a bola, portanto a infração é cometida pelo guarda-redes que chega atrasado neste lance e só toca nos pés do Jonas.

Para queles que defendem que nesse tipo de lances em que o avançado só se limita a desviar a bola, tocando-a antes que ela chegue ao guarda-redes deve ser assinalado jogo perigoso ao avançado quando ocorre um contacto posterior a isso, pergunto se achariam correto que no lance do 2º golo do Portimonense fosse assinalado falta do Jackson por jogo perigoso quando acertou nos braços do Odisseas. Nesta seguência de imagens em baixo, também se pode ver que o avançado chega primeiro a bola e só depois é que ocorre o contacto com as mãos do guarda-redes.

Estamos a falar do mesmo jogo e de decisões completamente antagonicas, isto na era do VAR! 

Considerar que o Jonas agrediu ou tentou agredir o adversário não tem qualquer cabimento, face as imagens captadas na TV, ainda por cima sendo o Jonas um jogador essencialmente técnico, é visível que teve o cuidado de apenas desviar a bola do guarda-redes e o contacto que se dá posteriormente só pode ser atribuido ao guarda-redes que chega atrasado nessa disputa de bola. 

Está estabelecido que o VAR só pode intervir para assinalar penalti ou vermelho direto por agressão que tenha passado despercebido ao arbitro, por isso, é completamente incompreensível como pode o VAR ter pedido a expulsão do Jonas num lance em que ele desviou a bola e de seguida encolheu o pé, a responsabilidade do contacto é do guarda-redes que o derruba/impede de fazer golo com a baliza escancarada.

É inadmissível, o VAR considerar lance para vermelho direto ao Jonas aos 70 minutos e o mesmo VAR nada ter assinalado aos 38 minutos, pois sendo um lance de golo, pelo protocolo em vigor, o VAR está obrigado a analisar toda a jogada que deu origem ao golo, logo se ele considera que um pontapé nos braços do guarda-redes é falta do atacante mesmo que seja na sequência de um lance dividido em que o atacante chegou primeiro a bola, o VAR seria obrigado a intervir. Se não interviu é porque considera que o atacante chegou primeiro a bola e que o contacto posterior não é da sua responsabilidade mesmo não tendo o Jacson o cuidado de encolher o pé para evitar o contacto.

Incongruência arbitral, mesmo com o recurso do VAR tem sido o pão nosso de cada dia nesta Liga.